Sabemos que a cultura estabelece padrões que modelam as formas de expressões corporais que regulando os corpos dos sujeitos sociais, assim a forma de o modo de vestir, de sentar, de andar, de gesticular é interpretado e vivenciado como ato performativo de gênero, com efeito, tomamos o ato performativo como um conceito teórico-metodológico para entender como o imaginário social de quatro interlocutores (as) r se enreda na construção de corpos polarizados em masculino e feminino. Assim, para essa comunicação nos subsidiamos nas narrativas dos/das participantes da entrevista individuais realizadas no ano de 2016. Nas narrativas, observam-se as influências dos valores culturais na definição de papéis que mulheres e homens devem desempenhar na sociedade, reverberando na constituição identitárias desses sujeitos sociais. Assim, busca-se dialogar também com Messeder (2009), que faz um estudo sobre atos performativos, Butler (2003), que problematiza a construção dos gêneros centrada na matriz da heterossexualidade e Connell (2013/2015) que faz reflexões sobre a ordem gênero no âmbito de uma sociedade, evidenciando que as questões de gênero são oriundas de um conjunto de relações sociais que perpassa por uma relação de poder.