A escola é um ambiente repleto de mistificações, pluralidades e especificidades. Cada sujeito traz consigo particularidades e singulares múltiplas que tornam presentes e vivas uma constante diversidade. Em se tratando de gênero e sexualidade essa diversidade, quando não entendida e reconhecida como legítima e necessária, se transforma em um desafio para todos os sujeitos que constituem tal instituição. Ausências e/ou carências de debates sobre o assunto, o preconceito sutil e manifesto presente em diversos discursos e ações, a (des)proteção estatal frente à violência homofóbica são alguns fenômenos que financiam e sustentam cada vez mais a presença da homofobia contra a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais -LGBT no ambiente escolar. Deste modo, o presente trabalho visa analisar a percepção dos professores do ensino fundamental de uma escola pública estadual localizada na cidade de Aracaju/SE, sobre o combate a homofobia no cotidiano escolar. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória através da visão de autores como Borrilo (2010), Louro (1997, 2000, 2004), dentre outros. Realizou-se, também, uma pesquisa de campo com aplicação de entrevistas semiestruturadas a dez professores com graduações diversas. Com isso percebeu-se que a homofobia é um fenômeno bastante presente no contexto escolar de forma manifesta ou sutil, apresentando-se em contextos diversos e atinge desde o projeto político pedagógico escolar aos posicionamentos sobre esse assunto sinalizados em salas de aula. Desta forma o combate à homofobia deve ser trabalhado como uma expressão da questão social demandando de todos o a urgência e esforços em combatê-la.