CRUZ, Simone Alves Da. Direitos reprodutivos e saúde da mulher em tempos de zika vírus. Anais V ENLAÇANDO... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/30516>. Acesso em: 07/11/2024 17:31
O presente artigo tem por objetivo apresentar, discutir e avaliar as análises atemporais dos direitos reprodutivos e da saúde das mulheres no contexto da tríplice epidemia do ZIKA vírus no Brasil. Tais análises foram obtidas através da observação de discursões realizadas por pesquisadores e doutores da área médica e científica, influentes na promoção a saúde reprodutiva, esta em consonância às doenças relacionadas à epidemia do ZIKA vírus. Em uma abordagem de cunho qualitativo, são apontados resultados preliminares de pesquisa destinada ao Artigo Científico, sendo esta realizada no segundo semestre de 2016, a partir das abordagens técnicas elaboradas da 3ª Sala de Situação do ZIKA vírus, que ocorreu em Brasília-DF, na Casa da ONU, em julho de 2016. Na mesma destaca-se a ausência do Estado Brasileiro em assegurar saúde reprodutiva para a população feminina no Brasil em tempos de ZIKA vírus, tendo em vista os aspectos relevantes a ser considerada com a principal vertente a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (2004-2007). Para além da relevância das análises teóricas dos recortes temporais da epidemia do ZIKA vírus, é indispensável o diálogo do pleno exercício da justiça reprodutiva das mulheres no Brasil, mediante ao conceito de subalternidade pré-estabelecida pelo sistema patriarcal e da gênese da interseccionalidade de raça, gênero e classe social. Trata-se do reconhecimento de diferentes esferas de pensamento crítico que determina as relações sociais políticas dos indivíduos no âmbito da teologia, sociologia e filosofia. Portanto, é pertinente estreitar os laços em um diálogo amistoso com ativistas pelos direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres, atuantes no cenário da tríplice epidemia do ZIKA vírusApresentam-se ainda as questões de opressão e submissão da população negra, tendo em vista o racismo estruturante das relações sociais constituídas no Brasil.