O presente trabalho é um extrato de pesquisa desenvolvida na forma de Bolsa de Iniciação Científica pelos autores, no âmbito da UECE, e se pretende uma contribuição ao exame crítico das políticas de gestão democrática e participativa da educação pública, fundadas nos conceitos de subsidiariedade e de corporativismo e introduzidas no contexto da “reforma” do Estado, na década de 1990. Retomando a genealogia destes conceitos discutimos a tendência politicamente regressiva dos fundamentos “participativos e democráticos” das “reformas” do Estado e da educação e seu lugar na conversão dos serviços públicos em agências públicas não-estatais. No Ceará, toda a estrutura “democrática e participativa” necessária à transição para o “público não estatal” foi estabelecida, mas o processo privatizante não se consubstanciou. Os modelos de gestão participativa e democrática, porém, seguem preponderando na introdução da reforma gerencial do Estado que se desenvolve sob diferentes formas nas últimas duas décadas.