Artigo Anais V ENLAÇANDO

ANAIS de Evento

ISSN: 2238-9008

CONSTRUINDO IDENTIDADES DE GÊNERO RAÇA E SEXUALIDADE NO TERREIRO

Palavra-chaves: TRANSSEXUALIDADE FEMININA, TRANSFEMINISMO NEGRO, LINGUAGENS DE ENSINO SÓCIO EDUCATIVAS Relato de Experiência (RE) ET23: GÊNEROS, SEXUALIDADES E RAÇA: ARTICULAÇÕES E INTERSECÇÕES EM ESPAÇOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
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      Linguagens de ensino aqui entendidas como do conjunto de oficinas ofertado pelo terreiro São Jorge da Gomeia, são ações voltadas à afirmação de todo legado histórico e cultural afro brasileiro através de várias oficinas e cursos oferecido pelo Terreiro , valorizando a diversidade e a alteridade existentes em nossa sociedade.\r\n
       Exploro a partir de minha própria trajetória como mulher negra transexual candomblecista como minhas identidades foram processualmente construídas no processo de socialização com a vivência nos terreiros de candomblé, em especial, o terreiro São Jorge da Gomeia. Acreditar nas forças dos ancestrais sempre foi uma virtude, acreditar no cosmo que, em minha vida,  eu denomino de axé, a energia vital, a força que sustenta cada ser na terra, sempre foi garantia sólida de existência sequestrada pelo racismo e pela heteronormatividade.\r\n
       Minha ida ao Terreiro São Jorge da Gomeia me proporcionou um leque de conhecimentos e de aprendizagens que me constituíram. Esse Terreiro foi minha  primeira escola de inclusão social e de educação, através das oficinas socioeducativas ali frequentadas, construí, inicialmente, meu empoderando racial,  a legitimação da minha sexualidade e, por fim, minha auto valorização pessoal. Foi nesse período que compreendi quem sou a partir de semelhanças e diferenças com o outro, isso me deu autonomia para perceber que ser diferente era normal, daí pude confirmar minha identidade étnico-racial e a construção e confirmação da minha identidade sexual a partir da relação “eu e o outro”. Desta maneira, parto do meu local de fala com bastante propriedade, para apresentar como as vivências que tive dentro do terreiro se constituíram em processos formativos educacionais. E ressaltar que todas estas  contribuições que se apresentam como caminhos norteadores de aquisição cultural para a afirmação de um grande legado cultural afro-brasileiro valorizando as identidades étnico racial e gênero , pois falar destas atividades sócio educativas não seria falar de  meros cursos voltados para o desenvolvimento da área artística, mas, sim, linguagens sócio educativas, que legitimam toda construção indenitária sociocultural, uma vez que toda esta produção afirma uma ética da coexistência negro-africana na busca também da valorização da múltiplas identidades investindo em uma educação pluricultural no Brasil ,por isso saliento a grande importância das oficinas do terreiro para minha construção enquanto mulher negra trans, pois a partir do momento em que fui me percebendo  na sociedade, como negra e do candomblé, fui me encontrando  e compreendi a diferença entre orientação sexual e  identidade de gênero, vi o quanto foi importante fazer as oficinas do Terreiro para que de maneira gradativa reconhecesse minhas identidades, mesmo que o aprendizado final ocorresse fora do terreiro
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       Exploro a partir de minha própria trajetória como mulher negra transexual candomblecista como minhas identidades foram processualmente construídas no processo de socialização com a vivência nos terreiros de candomblé, em especial, o terreiro São Jorge da Gomeia. Acreditar nas forças dos ancestrais sempre foi uma virtude, acreditar no cosmo que, em minha vida,  eu denomino de axé, a energia vital, a força que sustenta cada ser na terra, sempre foi garantia sólida de existência sequestrada pelo racismo e pela heteronormatividade.\r\n
       Minha ida ao Terreiro São Jorge da Gomeia me proporcionou um leque de conhecimentos e de aprendizagens que me constituíram. Esse Terreiro foi minha  primeira escola de inclusão social e de educação, através das oficinas socioeducativas ali frequentadas, construí, inicialmente, meu empoderando racial,  a legitimação da minha sexualidade e, por fim, minha auto valorização pessoal. Foi nesse período que compreendi quem sou a partir de semelhanças e diferenças com o outro, isso me deu autonomia para perceber que ser diferente era normal, daí pude confirmar minha identidade étnico-racial e a construção e confirmação da minha identidade sexual a partir da relação “eu e o outro”. Desta maneira, parto do meu local de fala com bastante propriedade, para apresentar como as vivências que tive dentro do terreiro se constituíram em processos formativos educacionais. E ressaltar que todas estas  contribuições que se apresentam como caminhos norteadores de aquisição cultural para a afirmação de um grande legado cultural afro-brasileiro valorizando as identidades étnico racial e gênero , pois falar destas atividades sócio educativas não seria falar de  meros cursos voltados para o desenvolvimento da área artística, mas, sim, linguagens sócio educativas, que legitimam toda construção indenitária sociocultural, uma vez que toda esta produção afirma uma ética da coexistência negro-africana na busca também da valorização da múltiplas identidades investindo em uma educação pluricultural no Brasil ,por isso saliento a grande importância das oficinas do terreiro para minha construção enquanto mulher negra trans, pois a partir do momento em que fui me percebendo  na sociedade, como negra e do candomblé, fui me encontrando  e compreendi a diferença entre orientação sexual e  identidade de gênero, vi o quanto foi importante fazer as oficinas do Terreiro para que de maneira gradativa reconhecesse minhas identidades, mesmo que o aprendizado final ocorresse fora do terreiro
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Publicado em 26 de novembro de 2017

Resumo

Neste relato apresento minha experiência com as linguagens de ensino dos Terreiros de Candomblé, espaço de socialização de conhecimentos e de práticas pedagógicas forjadas no diálogo com a sabedoria ancestral e a realidade da comunidade, local de construção de identidades racial, sexual, de gênero e religiosa. Linguagens de ensino aqui entendidas como do conjunto de oficinas ofertado pelo terreiro São Jorge da Gomeia, são ações voltadas à afirmação de todo legado histórico e cultural afro brasileiro através de várias oficinas e cursos oferecido pelo Terreiro , valorizando a diversidade e a alteridade existentes em nossa sociedade. Exploro a partir de minha própria trajetória como mulher negra transexual candomblecista como minhas identidades foram processualmente construídas no processo de socialização com a vivência nos terreiros de candomblé, em especial, o terreiro São Jorge da Gomeia. Acreditar nas forças dos ancestrais sempre foi uma virtude, acreditar no cosmo que, em minha vida, eu denomino de axé, a energia vital, a força que sustenta cada ser na terra, sempre foi garantia sólida de existência sequestrada pelo racismo e pela heteronormatividade. Minha ida ao Terreiro São Jorge da Gomeia me proporcionou um leque de conhecimentos e de aprendizagens que me constituíram. Esse Terreiro foi minha primeira escola de inclusão social e de educação, através das oficinas socioeducativas ali frequentadas, construí, inicialmente, meu empoderando racial, a legitimação da minha sexualidade e, por fim, minha auto valorização pessoal. Foi nesse período que compreendi quem sou a partir de semelhanças e diferenças com o outro, isso me deu autonomia para perceber que ser diferente era normal, daí pude confirmar minha identidade étnico-racial e a construção e confirmação da minha identidade sexual a partir da relação “eu e o outro”. Desta maneira, parto do meu local de fala com bastante propriedade, para apresentar como as vivências que tive dentro do terreiro se constituíram em processos formativos educacionais. E ressaltar que todas estas contribuições que se apresentam como caminhos norteadores de aquisição cultural para a afirmação de um grande legado cultural afro-brasileiro valorizando as identidades étnico racial e gênero , pois falar destas atividades sócio educativas não seria falar de meros cursos voltados para o desenvolvimento da área artística, mas, sim, linguagens sócio educativas, que legitimam toda construção indenitária sociocultural, uma vez que toda esta produção afirma uma ética da coexistência negro-africana na busca também da valorização da múltiplas identidades investindo em uma educação pluricultural no Brasil ,por isso saliento a grande importância das oficinas do terreiro para minha construção enquanto mulher negra trans, pois a partir do momento em que fui me percebendo na sociedade, como negra e do candomblé, fui me encontrando e compreendi a diferença entre orientação sexual e identidade de gênero, vi o quanto foi importante fazer as oficinas do Terreiro para que de maneira gradativa reconhecesse minhas identidades, mesmo que o aprendizado final ocorresse fora do terreiro

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