Artigo Anais V ENLAÇANDO

ANAIS de Evento

ISSN: 2238-9008

“MINHA ARMA AGORA É A BOCA”: ANÁLISE DOS IMAGINÁRIOS SEMIOCÊNICOS DE SUJEITAS MARGINALIZADAS

Palavra-chaves: ANÁLISE SEMIOCÊNICA, SUJEITO FEMININO, IMAGINÁRIOS SOCIODISCURSIVOS Comunicação Oral (CO) ET02: MULHERES: VIOLÊNCIAS E LUTA POR RECONHECIMENTO
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Publicado em 26 de novembro de 2017

Resumo

O presente trabalho busca realizar um estudo dos sujeitos femininos do espetáculo de Teatro Documentário As rosas no Jardim de Zula, de 2012, sob a perspectiva Semiocênica (CORDEIRO, 2005). Por meio do mútuo cruzamento das Artes Cênicas com a Teoria Semiolinguística de Patrick Charaudeau, tomamos o espetáculo encenado como um ato de linguagem, objetivando identificar por quais maneiras imaginárias a figura feminina é representada na contemporaneidade e quais são as condições que a cercam. Esse espetáculo apresenta dramaturgia documentária (GIORDANO, 2014), pois faz uso da reutilização de documentos históricos e possui, ainda, momentos de reflexão sobre o próprio processo artístico como particularidade, o que o torna objeto de instigante reflexão social. A pesquisa parte da hipótese de que o ambiente teatral e o gênero documentário, em especial, devido a sua finalidade política e por inserir estéticas do real (MENDES, 2012) em cena, se apresentaria como um lócus de denúncia e resistência, como um espaço de passagem de concepções cristalizadas para concepções de busca, resgate, emancipação, aceitação e reinserção do sujeito feminino na sociedade. Por meio de uma metodologia empírico-dedutiva, examinamos os atos linguageiros da peça: além da presença in loco, utilizamos um vídeo de uma das apresentações do espetáculo e transcrevemos trechos dos discursos das personagens para orientarem nossa análise. A investigação aponta que as opressões contra essas mulheres são marcadas discursivamente, evocando saberes de crença de opinião relativa e imaginários sociodiscursivos (CHARAUDEAU, 2007; 2008) de sujeitas que, devido às suas escolhas pessoais e profissionais, são encaradas como marginalizadas.

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