O treinamento físico aumenta a demanda energética, consequentemente aumentando a produção espécies reativas de oxigênio (ERO), visto que o metabolismo energético é o principal produtor de ERO. Elevadas concentrações de ERO aliadas à ineficiente capacidade antioxidante promove um desequilíbrio no estado redox capaz desencadear danos oxidativos a macromoléculas, o que poderia causar prejuízos aos processos adaptativos ao treinamento e consequentemente, prejudicar o desempenho físico. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do treinamento de endurance sobre estresse oxidativo no músculo de camundongos treinados em atividade predominantemente aeróbia. Doze camundongos Balb/c machos, com seis semanas de idade, foram igualmente divididos nos grupos sedentário (Sed) ou treinado (Tr). Os animais do grupo Tr foram submetidos a treinamento de endurance em natação durante 6 semanas, com frequência de 5 sessões semanais com duração de 60 minutos. Os animais foram eutanasiados 24 horas após a última sessão de exercício. O músculo gastrocnêmio foi coletado e homogeneizado em solução tampão para dosagem dos marcadores de estresse oxidativo e capacidade antioxidante. Foram analisadas as concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) livres como marcador de peroxidação lipídica, bem como a concentração de tióis não-proteicos e atividades das enzimas catalase e superóxido dismutase como indicadores de capacidade antioxidante. Os resultados foram analisados por teste t de Student para amostras independentes adotando um nível de significância de 95%. A concentração de TBARS livre foi maior no grupo Tr (p