As informações acerca dos parâmetros antropométricos, principalmente envolvendo o índice de massa corporal (IMC) em pacientes com doença de Parkinson (DP), são contraditórias. Enquanto alguns estudos têm associado à perda de massa corporal à DP, outros estudos recentes indicam que a dopamina (neurotransmissor afetado em pacientes com DP) está relacionada com a regulação do apetite e, consequentemente, associada com sobrepeso e obesidade. Assim, há a necessidade de realizar estudos com a necessidade de verificar a fidedignidade do perfil de IMC em pacientes com DP. O objetivo do presente estudo foi analisar descritivamente o IMC em pacientes com DP participantes do Programa de Atividade Física para pacientes com doença de Parkinson (PROPARKI). Analisamos as mudanças no IMC dos pacientes ao decorrer de três anos: 2011 (n = 44); 2012 (n = 57) e 2013 (n = 38). A estatura dos pacientes foi avaliada por meio de um estadiômetro de parede com precisão de 1 milímetro. A avaliação da massa corporal dos pacientes com DP foi obtida utilizando uma balança com precisão de 0,1 Kg. Para cálculo do IMC foi utilizado a seguinte fórmula: Massa Corporal/Estatura². A partir do perfil apresentado no IMC, os pacientes com DP foram classificados de acordo com as seguintes categorias: baixo ( 39,9). Uma análise descritiva, em porcentagem, foi realizada para verificar o perfil dos pacientes com DP do PROPARKI. De acordo com a classificação apresentada, em 2011: 2,27% dos pacientes do PROPARKI foram classificados com o IMC baixo; 25% dos pacientes foram classificados com o IMC ideal; 36,36% dos pacientes foram categorizados com sobrepeso; 34,09% dos pacientes foram classificados como obesos e 2,27% foram considerados como obesos mórbidos. Em 2012: 1,75% dos pacientes do PROPARKI foram classificados com o IMC baixo; 17,54% foram considerados com o IMC ideal; 29,82% foram categorizados com sobrepeso; 45,61% foram classificados como obesos e 5,26% foram considerados como obesos mórbidos. Por fim, em 2013: 2,63% dos pacientes do PROPARKI foram classificados com o IMC baixo; 5,26 foram considerados com o IMC ideal; 36,84% foram categorizados com sobrepeso; 44,74% foram classificados como obesos e 10,53% foram considerados obesos mórbidos. Com base nos resultados adquiridos ao longo dos três anos, há indícios que a dopamina afetada pela doença tem relação com o sobrepeso e a obesidade, visto que, a maioria dos pacientes com DP do PROPARKI tiveram um aumento da massa corpórea e, consequentemente, um aumento do IMC, que possivelmente ocorreu devido à DP.