O treinamento com restrição parcial de fluxo sanguíneo (RFS) tem sido proposto para indivíduos que necessitam de melhora da funcionalidade muscular com reduzida sobrecarga músculo-esquelética, como é o caso da população idosa. No entanto, o efeito destes exercícios sobre a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), volume sistólico (VS), débito cardíaco (DC) e resistência vascular periférica (RVP) ainda não estão totalmente elucidados. Visto que as diferentes proporções de componentes estáticos e dinâmicos do exercício de força não promovem o mesmo estresse cardiovascular observado após o exercício aeróbio que é exclusivamente dinâmico, hipotetizamos que este estresse cardiovascular também seja diferente entre EF-RFS e EA-RFS. Dezessete idosos (8♂ e 9♀), com idade média de 63,5±4,2 anos, saudáveis, fisicamente inativos realizaram as sessões de EF-RFS em leg press e EA-RFS em esteira ergométrica, com 50% de RFS à 30% de 1RM e 40% do VO2máx., respectivamente, em delineamento Cross-over. A PAS e PAD foram aferidas continuamente (pulso a pulso) por fotopletismografia de dedo (software BeatScope®, Finapress Medical System, Amsterdam, Netherlands) durante 15 minutos antes e 30 minutos após as sessões. As demais variáveis hemodinâmicas (FC, VS, DC e RPT) foram derivadas das ondas de pulso através do método Modeflow. Os picos de PAS, PAD, FC e RVP do final da sessão foram maiores para EF-RFS comparado a EA-RFS. A FC se manteve maior em EF-RFS durante todo o período de recuperação. O VS e o DC aumentaram mais durante o final da sessão para EA-RFS do que para EF-RFS. Desta forma, concluímos que o EA-RFS ofereceu menor estresse cardiovascular comparado ao EF-RFS em idosos saudáveis.