INTRODUÇÃO: O envelhecimento traz consigo inúmeras alterações no indivíduo tanto na esfera física como social e cognitiva. Considerando o âmbito da saúde mental, uma das principais patologias que acometem a população acima de 60 anos é a depressão. O aparecimento da sintomatologia desta condição clínica pode estar associado ao declínio da capacidade cognitiva, restrição da participação social e no trabalho, abandono familiar, baixa autoestima, fragilidade, dentre outros fatores, afetando diretamente a qualidade de vida. Desta forma, torna-se necessário identificar a prevalência de sintomas para poder atuar de forma efetiva diante desse quadro. OBJETIVO: Verificar a prevalência de sintomatologia depressiva em idosos que residem na zona urbana na cidade de Santa Cruz/RN. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal de caráter analítico. Os dados foram obtidos por meio da escala do Center for Epidemiological Studies - Depression (CES-D) aplicada em visitas domiciliares. A escala é um instrumento de rastreio rápido, simples e útil para a identificação de sintomas depressivos ou de vulnerabilidade à depressão na velhice, tendo escore que varia de zero a 60 pontos, sendo que pontuação mínima de 16 pontos indica depressão. RESULTADOS: Foram entrevistados 100 idosos (2,8% da população idosa urbana do município). O ponto de corte adotado como referência foi de 16 pontos, tendo sido observada uma prevalência de 34% dos entrevistados com sintomatologia depressiva. A análise estatística, realizada por meio da correlação de Pearson (r) entre CES-D e idade, mostrou correlação de 0,166, com valor de p=0,100 (não significativo), o que mostra que há baixa relação entre a sintomatologia depressiva e o avançar da idade. Já o coeficiente de determinação (R2) obtido foi de 0,027556, o que mostra que pouco mais de 2% da variação na sintomatologia depressiva é influenciada diretamente pela idade. CONCLUSÃO: É possível observar que grande parcela dos entrevistados apresenta sintomas que indicam a presença de depressão, não relacionada ao avançar da idade. Frequentemente se observa que o idoso deprimido passa por uma importante piora de seu estado geral de saúde e por um decréscimo significativo de sua qualidade de vida; sendo assim, é de extrema importância o diagnóstico desse quadro e consequentemente o tratamento adequado para que o idoso tenha o retorno à sua vida habitual o mais rápido possível.