O envelhecimento envolve transformações morfofuncionais, psicológicas e sociais, marcadas pela diminuição da capacidade de adaptação do organismo. Nessa fase da vida surgem as patologias de ordem crônico-degenerativas, dentre essas a Hipertensão Arterial (HA), considerada um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares e um dos mais importantes problemas de saúde pública por sua alta prevalência e baixas taxas de controle. Entre os gêneros é mais prevalente nos homens, com 37,8% contra 32,1% em mulheres. No homem idoso a HA se torna mais prevalente, e acarrete mais complicações, fato agravado pela procura aos serviços de saúde já com o quadro clínico avançado. Objetivos: Estimar a prevalência de hipertensão em idosos brasileiros dos anos de 2008 à 2012, segundo a raça; Comparar a ocorrência de internações por hipertensão em idosos nas regiões Nordeste e Sudeste. Metodologia: Estudo exploratório, de abordagem quantitativa, com análise estatística descritiva. Para coleta de dados foi utilizado o site do Datasus utilizando as variáveis Epidemiológicas e Morbidades Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) de Hipertensão Primária, por local de internação nos estados da região Nordeste e Sudeste entre Janeiro de 2008 e dezembro de 2012. Utilizou-se para análise a estatística descritiva, tendo como parâmetro a proporção e média. Análise e discussão: No ano de 2008 na região sudeste e no Brasil a maior prevalência de internações por HA foi na raça branca (67,9% e 48.58%), enquanto na região nordeste a maior prevalência foi na raça parda (74%). Nos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012 na região nordeste o índice de internação na raça parda foi em média de 81.69% (78.48%, 82.01%, 82.56%, 83.72%) e no Brasil a média nesse mesmo grupo foi de 51,92% do total de internações por HA (49.72%, 51.64%, 52.75%, 52.56%). A região sudeste manteve o mesmo padrão, com uma maior prevalência nos idosos de raça branca apresentando uma média de internação de 64% (65.21%, 65.14%, 63.18%, 62.48%). Destaca-se que o maior número de internações ocorreu acima dos 70 anos, tendo como justificativa o desgaste gradativo dos órgãos e sistemas em decorrência do avançar da idade. Considerações finais O estudo evidenciou que a HA continua sendo um sério problema de saúde pública, e por ser uma doença crônica, acompanhará o individuo até o final da vida e que está presente com intensidade elevada no grupo de idosos não importa a região do país. Na velhice o risco de complicações se tornam mais frequentes. Diante disso, percebe-se a necessidade dos profissionais da atenção básica intensificar suas ações no sentido de controlar o agravo e minimizar suas complicações oferecendo ao idoso uma melhor qualidade de vida. Sendo mais prevalente na raça negra, é importante que medidas específicas sejam realizadas para esse grupo, pois mesmo a região sudeste apresentando uma maior prevalência na raça branca, os valores na raça parda ficaram muito próximos.