INTRODUÇÃOUm dos fenômenos de maior impacto deste novo século é o envelhecimento da população mundial. No Brasil o crescimento da população idosa tem ocorrido de forma acelerada, principalmente devido à redução da mortalidade infantil e do declínio acentuado da fecundidade. As projeções mais conservadoras indicam que, em 2020, seremos o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas. Depressão é a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos, freqüentemente sem diagnóstico e sem tratamento. Ela afeta a qualidade de vida do indivíduo, aumentando a carga econômica por seus custos diretos e indiretos, pode levar a tendências suicidas.OBJETIVOS• Verificar a prevalência de depressão nos idosos através de uma escala pré-estabelecida;• Identificar a gravidade da doença.METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, realizado por meio da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, versão simplificada com 15 perguntas, utilizada pela OMS. Esta escala foi aplicada a 40 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, usuários de uma UBS do município de João Pessoa/PB, sendo a participação voluntaria, mediante assinatura do TCLE e de acordo com a Resolução196/96 do CNS. A amostra foi dividida em faixas etárias com intervalos de cinco anos.RESULTADOS E DISCUSSÃO Houve predominância do sexo feminino (82,5%), tendo a maioria entre 60 e 64 anos (37,5%). A depressão foi identificada em 9 idosos (22,5%), os quais alcançaram mais de 5 pontos no escore utilizado; os 77,5% restantes não foram caracterizados como depressivos, tendo um escore variante entre zero e cinco pontos. Nos participantes com depressão, 17,5% apresentaram grau leve ou moderado da doença (escore de 6 a 10 pontos) e 5% depressão grave (escore de 11 pontos ou maior). A idade avançada é descrita como desprovida de força, incapaz de prazer, solitária e repleta de amargura. Na sociedade moderna, consumista e imediatista, os idosos são encarados como um peso social, sempre recebendo benefício e nada oferecendo em troca. Dessa forma, os valores da juventude predominam como os de beleza, de energia e de ativismo, o que proporciona essa tão elevada taxa de depressão na referida população.CONCLUSÃODiante da prevalência da depressão em idosos encontrada na presente pesquisa (22,5%), percebe-se a necessidade da reconfiguração dos programas nacionais voltados a essa população no âmbito das UBS, visando estimular a participação do idoso em atividades de aperfeiçoamento, por meio de cursos de extensão e reciclagem e atividades culturais, desportivas e de lazer sempre respeitando-se a disponibilidade e o interesse individual, bem como as possibilidades e limites de cada idoso, no intuito de minimizar a sintomatologia depressiva neste grupo etário.