INTRODUÇÃO: A interação entre medicamentos e o álcool etílico, possuem riscos
amplamente conhecidos, podendo acarretar sérias consequências, como por exemplo:
provocar o aumento da metabolização e diminuição ou eliminação dos efeitos de alguns
medicamentos. Existem pelo menos três tipos de interações: as interações farmacocinéticas,
as interações farmacodinâmicas e as interações de efeito. Algumas classes de medicamentos
podem ter seus efeitos potencializados enquanto outras podem ser inibidas. A interação pode
também resultar num aumento do efeito do álcool, e numa redução ou aumento da eficácia
dos fármacos, ou mesmo num aumento dos seus efeitos secundários. O atual estudo,
objetivou esclarecer os riscos e consequências em relação a ação medicamentosa sob efeito
de álcool. METODOLOGIA: Este estudo é uma revisão de literatura, realizada em abril de
2017, através de pesquisas, banco de dados SciELO, Conselho Regional de Farmácia de São
Paulo- CRF-SP, BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), utilizando os seguintes descritores:
Medicamentos. Álcool. Interação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para discutir as
interações medicamentosas com álcool, interessa saber se seu uso é ocasional (em pequena
quantidade ou em sobrecarga aguda), onde somente sobrecarga aguda tem maior potencial
de interação adversa; ou crônico e sistemático (característico do alcoolismo), onde alterações
na farmacocinética de outros medicamentos ocorrem mais frequentemente. Os fármacos
potencializam a diminuição da velocidade de eliminação do álcool no nosso corpo e isso
origina sintomas como: rubor acentuado, náuseas, dores de cabeça, baixa pressão arterial ou
palpitações. Potencializa os efeitos dos ansiolíticos, sedativos, antidepressivos e
antipsicóticos. Interage com vários medicamentos empregados no tratamento do Diabetes e
interfere na ação de substâncias anticonvulsivantes e anticoagulantes.Associados aos
antiinflamatórios pode aumentar o risco de sangramento gastrointestinal em pessoas usando
aspirina assim como ibuprofeno e o naproxeno, porque destrói a barreira de muco gástrico e
aumenta a retrodifusão de íons hidrogênio. CONCLUSÃO: o uso cocomitante dos fámacos
com álcool é uma das variaveis sobre o efeito terapeutico do medicamento. E embora boa
parte da população conheça os efeitos do uso de medicamentos com alccol, essa prática é
muito comum, cabe aos profissionais de saúde o alerta quanto as reaçõess inesperadas e até
mesmo o risco de morte.