O racismo institucional, aquele que existe nos serviços de saúde, atua de forma difusa, que muitas vezes não é expressa com atos discriminatórios explícitos: sua manifestação se dá de forma sutil e constitui um dos principais determinantes no agravo do processo saúde-doença da população negra. Objetivou-se identificar, a partir da análise da literatura pertinente, as formas de racismo que se mostram presentes na atenção à saúde pelo Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em março de 20107 por meio das bases de dados LILACS e Portal de Periódicos CAPES/MEC, utilizando-se os descritores cadastrados “racismo” AND “Sistema Único de Saúde. Foram incluídos artigos científicos disponíveis na íntegra gratuitamente, em português e publicados entre os anos de 2012 a 2016. Os critérios de exclusão foram artigos em duplicata e que não tratassem da temática proposta. Pré-selecionou-se vinte e cinco estudos. Após aplicação dos critérios, quatro artigos restaram como amostra final. Constatou-se a presença de barreiras na acessibilidade à população negra; maior índice de internação psiquiátrica de pretos e pardos em decorrência da ausência de renda própria e apresentando rede social frágil; questionamentos acerca das possibilidades de acesso às medidas preventivas, diagnósticas e terapêuticas por grupos raciais discriminados e a prestação de um cuidado de forma pontual e curativista, centrando-se nos aspectos biológicos do processo saúde-doença como resultados. Conclui-se que é imprescindível a realização de ações de sensibilização dos profissionais de saúde frente ao público negro e sugere-se a realização de mais pesquisas sobre esta temática.