INTRODUÇÃO: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é caracterizado pelas obsessões e as compulsões, em que as obsessões são pensamentos, ideias, sensações intrusivas, impulsos, imagens ou cenas que invadem a consciência de forma repetitiva, persistente e estereotipada, de cunho negativo e que causam muita angústia. Estas podem variar devido a cultura, pois o conteúdo das obsessões, normalmente, reflete as preocupações com o meio em que o indivíduo está inserido. As obsessões são subjetivas e tendem a ficar fixadas na consciência, não sendo fácil removê-las (APA, 2003). O Estudo do perfil epidemiológico do portador do TOC é muito importante para a Psiquiatria, pois fornece uma visão mais abrangente do transtorno mental, sua taxa de prevalência e incidência, fatores de risco associados, necessidade de serviços de saúde e identifica a dimensão dos sintomas obsessivos e compulsivos para que tratamentos clínicos possam se tornar mais eficazes, além de ajudar a traçar estratégias de prevenção a partir dos dados coletados. Dessa forma, este estudo objetivou identificar na literatura o perfil epidemiológico dos portadores de transtorno obsessivo-compulsivo. METODOLOGIA: este estudo constitui-se de uma revisão da literatura, realizada através de consultas a livros da Biblioteca central das Faculdades Integradas de Patos “Flavio Sátiro Fernandes” e por artigos científicos selecionados através da busca no banco de dado do scielo. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram à adesão à abordagem do perfil epidemiológico dos portadores de transtorno obsessivo-compulsivo. Foram excluídos os estudos publicados em línguas estrangeiras. Para a análise dos dados, utilizou-se a classificação do perfil epidemiológico dos portadores de Transtornos Obesessivo-Compulsivo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos dados obtidos pela coleta de informações mostra que não há diferença na distribuição por sexo. No entanto, quando se leva em conta a idade de início dos sintomas obsessivo-compulsivos tende a ter prevalência em homens (na infância), predominando as mulheres quando os sintomas começam mais tarde (na puberdade e no começo da idade adulta) (RASMUSSEM; TSUANG,1986). CONCLUSÕES: Observa-se nos resultados o perfil epidemiológico dos portadores de transtorno obsessivo-compulsivo, estando este relacionado com a suscetibilidade ao desencadeamento do referido transtorno. Assim, faz-se necessário tais discussões em eventos científicos e encontros da comunidade acadêmica, com vistas a promover debates sobre tais características, no intuito de fomentar o aperfeiçoamento de estratégias de promoção e prevenção do transtorno obsessivo-compulsivo, a partir dos resultados do perfil epidemiológico dos mesmos portadores.