INTRODUÇÃO: O envelhecimento humano como processo natural do desenvolvimento do organismo tem demonstrado papel relevante no atual cenário demográfico mundial o qual apresenta um aumento gradativo e relevante da população idosa. Com essa progressão contínua de indivíduos acima dos 60 anos de idade na pirâmide etária, consequentemente tem-se o aumento dos idosos que passam por processo de institucionalização que traz implicações na saúde do sujeito que vão desde a ordem biológica até a psicológica interferindo na sua qualidade de vida e se tornando um desafio para cuidadores e serviços de saúde. OBJETIVO: Analisar nas evidências científicas os problemas que interferem na saúde do idoso institucionalizado. METODOLOGIA: realizou-se uma revisão sistemática de literatura no período referente a Fevereiro e Abril de 2013 nas bases de dados IBECS, LILACS, CAPES, MEDLINE e BVS com o descritor “Saúde do idoso institucionalizado” que proporcionou uma amostra de 165 trabalhos distribuídos entre artigos científicos e teses de doutorado analisados por meio de um formulário estruturado e organizados por critério de inclusão compondo uma amostra final de 51 trabalhos examinados criticamente. Os dados foram expressos por meio de gráficos utilizando o programa Microsoft office Excel 2007. RESULTADOS: Os resultados indicaram que dentre as instituições, a maior prevalência do local das pesquisas foram as casas de idosos/asilos presentes em 76% ( n=39) dos estudo, seguidos dos hospitais/clínicas com 20% (n=10) aparecendo como causas da institucionalização os distúrbios de comportamento, necessidades de reabilitação, falta de recursos financeiros e abandono da família. Os principais problemas encontrados foram: doenças crônico-degenerativas (32%), sendo as cardiovasculares as mais abordadas, alterações psicológicas(17%), higiene bucal, (9%) síndrome da fragilidade (9%), desnutrição (9%), doenças osteoarticulares(8%) e violência (7%), o que evidencia a necessidade de se trabalhar com a prevenção das doenças e agravos não-transmissíveis, considerando não só o tratamento da patologia, mas também os fatores de risco comportamentais, socioeconômicos e culturais dos indivíduos. CONCLUSÃO: as evidências mostram que o cliente idoso que passou pelo processo de institucionalização possui particularidades as quais devem ser levadas em consideração para um olhar clínico diferenciado crítico-reflexivo e, acima de tudo, humanizado de uma maneira que profissionais cuidadores e serviços de saúde primem sempre pela integralidade do indivíduo e o caráter preventivo de complicações, agravos e limitações da capacidade física e mental do idoso atentando sempre para a preservação de sua autonomia.