SILVA, Paulo Emanuel et al.. Padrões de atividades físicas de idosos institucionalizados. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3172>. Acesso em: 23/11/2024 01:58
O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos países desenvolvidos como, de modo crescente do Terceiro Mundo. O processo de envelhecimento pode ser amenizado através da utilização de alguns mecanismos, neste sentido, a atividade física regular é uma das prerrogativas que deve ser implantada nesta fase como primordial para o processo. De acordo com a problemática levantada, este trabalho tem como objetivo investigar os padrões de atividades físicas de idosos institucionalizados. Tratou-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa e foi realizada na Associação Promocional do Ancião Dr. João Meira de Menezes. A instituição contava com 98 (noventa e oito) idosos internos, porém a amostra foi composta por 30 (trinta) deles. Foram utilizados como instrumentos para coleta de dados dois questionários: o primeiro foi estruturado com questões referentes às condições sócio econômica dos entrevistados e o segundo foi parte do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A coleta dos dados foi realizada entre os meses de agosto e setembro de 2011, após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FACENE/FAMENE sob protocolo 113/2011. Os dados foram analisados num enfoque quantitativo, sendo agrupados e distribuídos em forma de tabelas ou gráficos que conterão números absolutos e percentuais. Em relação à faixa etária dos participantes, 3,3% (01) tinha idade abaixo dos 60 anos; 16,7% (05) estavam entre 61 e 70 anos; 36,7% (11) pertenciam à faixa etária de 71 a 80 anos; 40% (12) tinham idade entre 81 e 90 anos, enquanto que 3,3% (01) tinha acima de 90 anos. A amostra no que se refere ao gênero foi representada por 26,7% (08) do sexo masculino e 73,3% (22) do sexo feminino. Quanto ao estado civil houve uma predominância de idosos que se declararam solteiros com 63,4% (19), porém 20% (06) se declararam casados; 13,3% (04) disseram serem viúvos e 3,3% (01) respondeu que era divorciado. Os dados tornam-se relevantes quando se observa que 70% (21) dos entrevistados relataram que atribuem à atividade física uma importância boa, regular e muito boa e os que relataram que essa importância era ruim ficou representado por 3% (09) dos entrevistados .As respostas dos participantes do estudo no que diz respeito à opinião do que ele considera como atividade física 76,6% (23) respondeu caminhar e dançar; 10% (3) caminhar, varrer e dançar; 6,7% (2) caminhar, varrer, subir e descer escada é uma atividade e 6,7% (2) disseram que caminhar, subir e descer escada é atividade física. Percebeu-se a partir das respostas que 87,6% (26) não realizavam nenhuma atividade, entretanto dos que responderam que realizavam, não faziam em tempo ideal, perfazendo um total de 12,4% (4).Este estudo permitiu verificar que os idosos não realizam atividades físicas e vários motivos estavam envolvidos, além de terem um conceito errôneo sobre a temática. Com isso, percebe-se que os mesmos necessitam de orientações e atividades recreativas para que não fiquem pensativos ou ociosos, o que poderá contribuir com o surgimento de patologias associadas ao sedentarismo.