INTRODUÇÃO: O tétano é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central. Clinicamente, a doença manifesta-se com febre baixa ou ausente, hipertonia muscular mantida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas paroxísticas. Sua letalidade varia em função da faixa etária do paciente, gravidade da forma clínica, tipo de ferimento da porta de entrada, duração dos períodos de incubação e progressão, presença de complicações respiratórias, hemodinâmicas, renais e infecciosas, local onde é tratado e qualidade da assistência prestada. O presente estudo tem por objetivo traçar um perfil epidemiológico dos casos de Tétano Neonatal e acidental no Brasil. MÉTODO: O processo de formulação do trabalho se deu mediante a busca de literaturas científicas encontradas no GOOGLE ACADÊMICO, SCIELO, além de dados encontrados junto ao Ministério da Saúde. Como critérios de inclusão utilizou-se artigos publicados no período de 2012 a 2016 e que apresentaram como objetivo a temática central. RESULTADOS: Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido. Sua letalidade varia em função da idade do paciente, forma clínica, tipo de ferimento, duração dos períodos de incubação e progressão, complicações respiratórias, hemodinâmicas, local onde é tratado e qualidade da assistência prestada. A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da pele e mucosas. Em condições favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas vegetativas, que são responsáveis pela produção de toxinas – tetanolisina e tetanopasmina. A presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia e infecção contribuem para diminuir o potencial de oxirredução e, assim, estabelecer as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo. O período de incubação é compreendido entre o ferimento e o primeiro sinal ou sintoma; é curto, variando de cinco a quinze dias no tétano acidental, e no tétano neonatal é em média de sete dias. Evidencia-se que: quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico. Independente de sexo ou idade todos estão susceptível. A imunidade permanente é conferida pela vacina, desde que sejam observadas as condições ideais inerentes ao imunobiológico e ao indivíduo. Recomendam-se três doses da DT e um reforço a cada dez anos, ou a cada cinco anos, se gestante. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 foram notificados no Sistema de Agravos de Notificação, 509 casos suspeitos de tétano acidental e deste 285 foram confirmados. Todos os estados notificaram casos suspeitos de tétano acidental com exceção do Estado de Roraima. Destacaram-se com o maior número de casos confirmados, Minas Gerais, Bahia, Pará e Rio Grande do Sul, que correspondem, respectivamente, a 10%, 8% e 8% dos casos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após avaliação epidemiológica pode-se constatar que a maioria do casos confirmados encontram –se distribuídos na Região Nordeste com 29%, seguida das Regiões Sudeste e Sul. Em um comparativo entre os anos de 1990 e 2015, no Estado da Paraíba foram confirmados 40 casos de tétano, e 2 casos, sendo que destes o número de óbitos foram 7 e zero, respectivamente.