A meningite é uma infecção das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal (meninges) (POLAND, 2010). Dentre os tipos de meningite evidenciamos as virais e bacterianas, que são as mais relevantes e pesquisadas na perspectiva da saúde pública. A causa mais grave da doença é a meningite bacteriana, que pode levar a óbito e é classificada como uma emergência médica. A meningite viral é dificilmente fatal e o paciente frequentemente se recupera de maneira rápida (CDC, 2014a). Diante desse cenário, torna-se de fundamental importância do estudo dessas doenças de notificação compulsória, contribuindo não apenas para o crescimento acadêmico como o da comunidade em geral. Partindo desse pressuposto, este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da meningite por etiologia segundo a faixa etária, na região da Paraíba. Estudo de natureza quantitativa, ecológico, descritivo baseado em dados disponíveis no DATASUS (Departamento de Informática do SUS) através das informações de saúde (TABNET). Foram analisadas as variáveis: faixa etária e etiologia da meningite na Paraíba. A coleta de dados ocorreu durante o mês de março de 2017, analisados e comparados de acordo com a literatura pertinente, onde foram incluídos artigos dos anos de 2010 a 2017, sendo utilizados os seguintes descritores: Meningite, Epidemiologia e Saúde Coletiva. Grande parte dos estudos epidemiológicos publicados na literatura brasileira sobre as infecções das meningites do SNC diz respeito à população pediátrica. Há um número menor de estudos direcionados aos adultos. Os estudos brasileiros publicados sobre a epidemiologia das meningites são fragmentados, abrangendo as regiões onde foram realizados. Os dados disponíveis nos Centros de Vigilância Epidemiológica dos Estados nos orientam, mas não compõem análises com rigor de publicações cientificas. Considerando que em adultos as meningites também representam um grave problema de saúde pública, pois os dados epidemiológicos e clínicos são verdadeiramente importantes para o conhecimento destas doenças em determinadas populações e consequente, criação de metas para o melhor tratamento e prevenção. Através da pesquisa epidemiológica, podemos identificar que a meningite teve uma redução gradativa nos últimos anos. Podemos identificar também, que as crianças ainda são as mais acometidas e que a população idosa são as menos afetadas por essa doença. Apesar de existir uma vacina, ela não protege todos os tipos de meningite, por isso é necessário desenvolver novas políticas de saúde através de estratégias de prevenção na atenção primária para mostrar à população que a meningite é uma doença grave e que apesar de ter tratamento pode levar ao óbito. O estudo ainda observou a dificuldade do Ministério da Saúde em divulgar dados mais recentes, levantando a hipótese de que os profissionais do sistema de saúde encontram dificuldades para notificar e acompanhar casos suspeitos ou confirmados dessa doença.