INTRODUÇÃO: A sífilis, doença sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, pode ser adquirida congenitamente, na gravidez ou na hora do parto, mas estes casos não são frequentes e podem ser tratados, cabe ao profissional de enfermagem realizar o pré-natal humanizado da paciente fazendo com que a patologia seja detectada e consequentemente realizar a assistência da melhor forma, para que o bem estar tanto da gestante quanto do bebê sejam preservados. OBJETIVO: Identificar os principais agravos decorrentes da sífilis durante o período gestacional e a importância da enfermagem para uma melhor assistência durante o pré-natal dessa gestante. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática nos últimos 15 anos. Foram utilizados artigos publicados entre 2012 a 2016. A coleta de dados foi feita durante o mês de fevereiro e março de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De 2005 até 2014 aumentou os casos de sífilis, ocasionando o abortamento precoce e nascimento de crianças assintomáticas. Foram diagnosticados 18.938 casos de sífilis congênita (98,1%) em neonatos, sendo 96,4% na primeira semana de vida. Diante dos casos de diagnósticos, observou-se que 92,8% foram classificados como sífilis congênita recente, sendo 3,6% como caso de aborto por sífilis, 3,4% como natimorto e 0,2% como sífilis congênita tardia. Em relação ao tratamento da gestante, 56,5% receberam tratamento inadequado, 27,3% não receberam tratamento, e apenas 4,1% receberam tratamento adequado. Contudo, observa-se que o enfermeiro deve fazer exames no mínimo duas vezes durante a gestação, uma no inicio do pré-natal e outra no momento da internação hospitalar da paciente, visando diagnosticar e proporcionar um tratamento precoce da criança sintomática, interrompendo a evolução da infecção e suas sequelas irreversíveis. CONCLUSÃO: A falta de assistência no pré-natal resulta na persistência de elevados índices da sífilis em gestantes e cabe ao enfermeiro diagnosticar, esclarece a gravidade, o modo de transmissão e suas consequências.