INTRODUÇÃO: Ao longo da evolução humana, a percepção da morte foi se transformando e tomando uma proporção diferenciada na vida das pessoas. No passado, a morte era percebida como uma fase natural da vida. O processo morte/morrer era assistido pelos familiares, permitindo o conforto e a presença dos entes queridos no final. O tratamento médico e seus avanços, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) tem crescido consubstancialmente, mostrando novas formas de tratamento e esperança para resolução de muitos problemas. Com isso, tem se conseguido estender os limites da vida (CHAVES, 2012). Sendo assim, é necessário aprender a lidar com as perdas em um contexto de doença sem prognóstico. Este é um desafio que poucos se disponibilizam a discutir, e muito menos a enfrentar. Cuidar de indivíduos com doenças terminais e seus familiares é uma atividade ou um modelo de atenção à saúde que vem sendo denominado “cuidado paliativo” (SILVA; HORTALE, 2010). ). Dessa forma, este estudo realizou uma revisão de literatura acerca do doente crônico, o paciente em estágio terminal, a morte do paciente, na finalidade de obter um melhor entendimento sobre o assunto abordado. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura realizada a partir da busca em artigos indexados no SciELO, os quais tiveram como critério de inclusão: artigos publicados entre os anos 2010 e 2016. Foram selecionados dez artigos para a análise e construção deste trabalho que ocorreram no período de agosto a novembro de 2016. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O paciente terminal, para o discurso médico, é classificado como fora de possibilidades terapêuticas de cura – quando as intervenções capazes de reverter o quadro se esgotaram e sua vida é mantida muitas vezes graças à tecnologia. O aparato tecnológico – que se interliga com o capitalismo e a necessidade de consumo – tem defendido que sempre há uma intervenção médica ou hospitalar que poderá impedir ou retardar a morte. A ideia de humanizar é mais intensa quando se fala em paciente terminal, por isso deve ser discutida e praticada pelos profissionais de saúde em toda sua amplitude. Uma reflexão sobre o significado dessa palavra merece destaque. Humanização é: “ato e humanizar; dar condição humana a; tornar benévolo, afável, tratável; tornar-se humano” (HOUAISS, 2011). A morte em si não é um problema para o paciente, mas sim, o medo de morrer, que nasce do sentimento de desesperança, de desamparo e isolamento que o acompanha. Por isso, o profissional que está em contato com o paciente considerado terminal precisa estar em paz com a vida e com a morte, sabendo que a morte é parte da vida e que por isso precisa ser cuidada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Podemos concluir que o enfermeiro tem como seu dever cuidar do paciente, interagindo com o mesmo, o profissional deve atender suas necessidades básicas e não tratar apenas a sua doença. Porém, não podemos perder de vista que a morte faz parte da vida enquanto possibilidade; e quando se faz presente, encerra planos e se constitui como a única certeza da vida: somos seres mortais.