O mundo de hoje pede-nos que sejamos sabedores de novos idiomas. Esta necessidade justifica-se pelo fato de a globalização estar se fortalecendo cada dia mais resultando nas trocas de saberes, de tecnologia enfim de uma gama tão grande quanto possa ser expandida. Essa troca de saberes e de novas relações interpessoais com pessoas de diversos lugares do mundo foi a responsável pela consolidação do aprendizado da língua inglesa tanto em escolas regulares quanto em escolas especializadas no ensino de idiomas. Diante disto, e considerando a singularidade de cada país, é que surgiu a preocupação do ensino-aprendizagem de outras línguas – assim como o inglês foi um dia (e ainda o é), outras línguas estão tomando forma e ganhando força quanto ao ensino-aprendizagem em diversos tipos de escola. Diante disto, muitos alunos dedicam-se ao estudo de um novo idioma sendo alguns deles, por terem mais facilidade em compreender os mecanismos linguísticos podem aprender mais de uma língua sem dificuldades o que são alcunhados de poliglotas. Não obstante, estudar um idioma que o ramo linguístico é contrastante com a língua materna é algo desafiador (prazeroso para os que têm facilidade em apreender uma nova língua em seus mais diversos níveis e modalidades de realização). Esse fato nos faz lembrar dos estudantes brasileiros que se dedicam ao estudo da língua alemã. Estes podem ser surpreendidos imediatamente nas aulas inciais quando se lhes apresentam os três artigos definidos; der, die e das. Estes três artigos, embora que simples, podem apresentar um grave problema para o aluno que têm a língua portuguesa como materna, pois, em português, temos apenas dois: “o” e “a” (desprezamos por ora as formas plurais). Geralmente, os professores de língua alemã fazem uso da gramática comparativa, o que a nosso ver constitui um erro pois é, quando compara o “der” com o “o” e o “die” com o “a”, o que explicar, então, o “das”? Diante disto, temos como objetivo apontar mais uma forma de ensino desses artigos de forma que a gramática comparativa não seja usada, porquanto pode passar a falsa impressão de que uma língua é mais “rica” que a outra, bem como que uma seja injustamente considerada mais “difícil” face a outra devido à sua singularidade. Para cumprir o nosso objetivo, teremos como metodologia a comparação de três formas de ensino dos artigos bem como seus pontos fortes e fracos a fim de que se evidencie qual a maneira mais adequada para o ensino desses artigos definidos. Nosso referencial teórico pauta-se em estudiosos da língua, sobretudo os que se dedicam ao ensino da língua portuguesa, tal como Bechara e aos que se dedicam ao ensino da língua alemã, centrados e representados aqui nos livros didáticos adotados em escolas de idiomas, sobretudo, tais como: Berlitz (1998) e Schneider (2012).