Um grande problema relacionado à exploração e produção de gás natural é a formação de hidratos de gás. Esses hidratos são estruturas cristalinas que podem diminuir ou até mesmo impedir os processos de obtenção do gás. Visando evitar a formação destes compostos, uma prática utilizada na indústria de petróleo é a injeção de inibidores de formação de hidratos, como exemplo o monoetilenoglicol (MEG), o qual é utilizado devido a sua baixa pressão de vapor e total solubilidade em água. Logo, tendo em vista aprimorar cada vez mais a unidade de regeneração do MEG, analisou-se o comportamento do sistema binário MEG e água, através do estudo da adequação de modelos termodinâmicos a dados experimentais. Neste estudo analisou-se a consistência dos dados experimentais isobáricos (P = 101,33 kPa) e isotérmicos (T = 343,15 K) do sistema de água (1) e MEG (2) através dos testes de área e desvios, em seguida, a predição foi feita a partir dos dados experimentais, utilizando o modelo de coeficiente de atividade UNIFAC combinado com a equação de estado (EDE) SRK CPA, um segundo modelo utilizando a EDE SRK CPA conjugado com a regra de mistura QRM/K e, por último o modelo de cálculo do coeficiente de atividade com a equação de Hildebrand & Scatchard. Observou-se que o primeiro modelo aplicado conseguiu descrever satisfatoriamente os dados experimentais tanto para o sistema isotérmico quanto para o isobárico, apresentando erros mais baixos quando comparado com o segundo modelo, de 0,28 e 0,04, para pressão constante e temperatura constante, respectivamente. Quanto ao modelo de Hildebrand & Scatchard, os dados de predição não foram satisfatórios.