Neste trabalho foi realizada a caracterização petrofísica, de forma convencional e computacional, de seis amostras de rochas sedimentares (arenitos e carbonatos) provenientes de formações estadunidenses. Os ensaios convencionais foram realizados no LabPetro da UFCG e para os computacionais as amostras foram submetidas a ensaios de microtomografia de raios X na UFSC. A partir dos tomogramas, foi reproduzida a estrutura tridimensional destas amostras, em seguida, caracterizou-se o espaço interno destas rochas em escala micrométrica, utilizando o software Avizo Fire. A partir do modelo computacional da rocha, gerado pela integração de várias imagens, a porosidade foi quantificada e comparada com os dados obtidos utilizando-se o método convencional. Da mesma forma, fez-se a simulação da permeabilidade, para comparar com os valores laboratoriais obtidos. As amostras estudadas neste trabalho apresentaram valores de porosidade convencional em torno de 15 e 27 %, e computacional 10 e 39%. A porosidade computacional apresentou-se inferior aquela obtida no ensaio convencional, para os arenitos. Já para os carbonatos ocorreu o inverso, provavelmente devido à elevada microporosidade, que não é quantificada na escala de bancada. Apesar de se mostrarem diferentes, as medidas convencionais e computacionais, seguiram a mesma ordem de valores para ambas as litologias. A permeabilidade, apesar de mais elevada no método computacional, mantive também, para a maioria das amostras, a mesma ordem de valores do método convencional. A maior quantidade de microporosidade nas amostras de calcário está associada à presença de matéria orgânica. Desta forma, os métodos de caracterização petrofísica convencional e computacional se mostraram complementares.