O processo de ensino e aprendizagem do surdo pode ocorrer a partir da perspectiva literária, levando-o a construir valores e estabelecer relação social com a cultura ouvinte. Para Araujo (2011, p. 02) “a literatura infanto-juvenil surge com fins estritamente didatizantes, responsável por impor regras morais e de convívio ‘adequado’ em sociedade”. Os surdos estão tendo a oportunidade de acesso a contos da Língua Portuguesa em Libras devido às adaptações metodológicas que vêm sendo feitas. Isso é fundamental para sua comunicação e para que possam, assim, ter respeitadas as diferenças e valorizar o processo de inclusão educacional. Na E.E.F.M. Lourenço Filho faz-se um trabalho de inclusão: há intérpretes em sala de aula e os surdos tem Atendimento Educacional Especializado no contra turno. Em sala, o professor de Língua Portuguesa com auxílio do intérprete, faz um trabalho de ensino dos contos clássicos, a partir da observação do quanto esses alunos têm aprimorado sua língua materna e vêm ampliando a aquisição da sua segunda língua. Neste trabalho, objetiva-se expor o quanto essa experiência vem sendo vantajosa na aprendizagem dos surdos e demonstrar como está ocorrendo o ensino de literatura com uso de Libras e Língua Portuguesa. Para isso são consultadas fontes como Capovilla (2001) e Honora (2010), dentre outros autores que discutem sobre a surdez. Espera-se com esse trabalho que os alunos surdos conheçam os contos clássicos da literatura, absorvendo para suas vivências temas e sentimentos que despertem em si a necessidade de melhorar as relações e comunicação entre surdos e ouvintes.