Clarice Lispector, uma das melhores escritoras da literatura brasileira, conhecida por uma escrita que envolve o leitor em sua tessitura literária, e por suas abordagens pessoais de infância. Nos contos “Felicidade Clandestina e Miopia Progressiva” Lispector (1998) o narrador envolve o leitor em encontro ao seu imaginário intimo em ver nas coisas mais simples uma felicidade impessoal, que provoca em si uma busca insistente por algum que não lhe e oferecido. Este estudo tem como objetivo, fazer uma analise dos contos abordados, e a partir destes construir um leitor literário Silva (2009), capaz de auto avaliar-se enquanto ser social e de construir suas leituras literárias. Partindo destas premissas, pode-se abrir as portas literárias para que o aluno passe a ver o texto enquanto um refugio, e conseguintemente um crescimento e aceitação do eu Cosson (2007), possibilitando ao mesmo novas buscas de textos e construções de novas leituras, seduzindo-o por novas narrativas capazes de provocar no mesmo uma, felicidades clandestinas, antes de tudo prazerosa entre encontros de personalidade e construção do Eu. Construindo a partir destes aspectos, uma relação com o leitor marcando por sua vez o início do aprendizado do Ser/Existir, sem a necessidade de controle.