O paradigma da cibercultura possibilita a construção de narrativas que circulam na Internet, contribuindo para a presença e atuação dos movimentos sociais nas redes, o ciberativismo. Esse trabalho apresenta apontamentos acerca do ativismo protagonizado por vlogueiras negras no Youtube e o ensino de história e cultura afro-brasileira. Esta pesquisa, com elementos etnográficos, apresenta aproximações com o contexto escolar e com o cenário de atuação ativista em rede. O objetivo principal é perceber como práticas ativistas podem tencionar o currículo de uma instituição municipal de Maracanaú, relativo ao trabalho pedagógico com conteúdos voltados para discussões sobre as relações étinico-raciais. A aproximação com o campo revelou que os professores possuem dificuldades em abordar tais temáticas e que as narrativas construídas na internet podem articular processos construtivos da identidade das pessoas afro-descendentes. Os resultados indicam possíveis interseções entre as práticas vivenciadas pelas youtubers e os desafios pedagógicos apresentados pelos professores.