CONTRIBUIÇÃO DO IDOSO NO MERCADO DE TRABALHO Ana Flávia Soares dos Santos1Giula Darllen Monteiro² Suelia Alves da Costa3O estudo sobre a contribuição do idoso no mercado de trabalho e suas implicações éticas buscou encontrar subsídios que pudessem favorecer a reflexão dos aspectos éticos na assistência de enfermagem à pessoa idosa, frente à necessidade de preservação de sua autonomia. O trabalho objetiva resgatar essa participação da pessoa idosa no mercado de trabalho. Tratou-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quanti-qualitativa, de revisão sistemática, constituída de artigos científicos contemplando à temática envolvida pela população idosa. Para nortear a busca utilizou-se os descritores “mercado de trabalho”, “trabalho”, “pessoa idosa”. Foram realizadas pesquisas no Scielo, através da plataforma DeCS, encontrando-se 100 artigos. Analisou-se como critério de inclusão e exclusão pré-instituídos os artigos que se enquadram na temática desse trabalho, contabilizando-se a um total de 20 estudos, após analisados criteriosamente os conteúdos resultaram em 11 pesquisas, entre os anos de 2009 a 2012, disponíveis na integra e na língua portuguesa. A renda exógena (ou seja, a renda não vinculada ao esforço do trabalho atual) tanto pode reforçar quanto restringir a decisão do idoso participar da força de trabalho. Dessa forma, os proventos de aposentadoria, pensão e seguro desemprego são elementos importantes que favorecem a decisão do idoso em ofertar esforço no mercado de trabalho. Por outro lado, a renda proveniente de retiradas mostrou-se estatisticamente significativa e negativamente correlacionada com o desejo do idoso participar da força de trabalho, de modo a restringir a sua participação no mercado de trabalho. Os idosos não devem ser tratados como inválidos incapacitados ou mesmo como um gueto social. O conceito de velho precisa ser reavaliado. Como chamar de “velha” ou de “idosa” uma terça parte garantida da população mundial? É necessário reestruturar os setores produtivos da sociedade, proporcionando aos idosos algumas oportunidades de renda que lhes permitam uma sobrevivência digna. Por fim, precisamos entender que o idoso deve ter a opção. Deve poder escolher entre continuar trabalhando ou parar de trabalhar. É preciso pensar no idoso enquanto sujeito ativo que se inclui de forma ajustada na sociedade em que vive. Como nos coloca Alves Júnior (2004) a sociedade deverá se auto-programar em termos de equipamento social adequado – lazer, saúde, urbanização, educação, alimentação e transporte – sem a preocupação de criar desvãos ou compartimentos para os mais velhos. Na verdade, de agora em diante o grande desafio da humanidade será proporcionar aos idosos a integração social indispensável.Descritores: Mercado de Trabalho. Trabalho. Pessoa Idosa.