INTRODUÇÃO: Segundo o IBGE (2010) a população de idosos vem aumentando significativamente no Brasil. Com esse contingente em expansão a atenção à comorbidades existentes para esse grupo etário deve ser evidenciada, tendo em vista que determinadas doenças apenas serão debeladas, diagnosticadas ou então paliativadas mediante uma intervenção cirúrgica. A enfermagem está intimamente ligada ao processo perioperatório, tendo dentre outras atribuições, a de receber e apoiar o paciente dentro do centro cirúrgico durante todo o período perioperatório. OBJETIVO: O presente relato tem por objetivo apresentar algumas experiências vivenciadas no acolhimento a idosos que deram entrada no centro cirúrgico do Hospital Universitário Lauro Wanderley onde exercemos nossas atividades laborais. METODOLOGIA: Visando expor nossos conhecimentos a cerca do trabalho humanizado em centro cirúrgico e como forma de nos qualificarmos profissionalmente, realizamos uma abordagem qualitativa descritiva e reflexiva, por meio de experiências vivenciadas no nosso ambiente de trabalho, o centro cirúrgico do Hospital Universitário Lauro Wanderley, localizado em João Pessoa-Pb. RELATO: O ato cirúrgico é um dos eventos que mais aduz a ansiedade na vida do ser humano, causando-lhe preocupações com intercorrências e/ou resultados advindos do mesmo. Para o idoso, este momento é ainda mais temido, pois a grande maioria deseja estar vivendo a finitude da vida de maneira mais saudável possível. O ambiente cirúrgico deve tornar-se um local acolhedor, para isso, os profissionais que ali atuam precisam trabalhar de forma humanizada, visando uma integralidade no cuidado o que consequentemente transmitirá segurança ao paciente durante o processo cirúrgico. Deste modo, a relação enfermagem-paciente deve acontecer de forma saudável e tranquilizadora concorrendo a uma melhor familiarização do paciente com o ambiente. Em nossa atividade laboral, diariamente recebemos idosos para a submissão de cirurgias diversas que, na maioria das vezes, pouco sabe sobre o procedimento e tipo de anestesia que serão expostos. É primordial que nos identifiquemos ao paciente, visto que tantos profissionais usam as mesmas roupas, gorros e máscaras. Ter alguém a quem ele possa identificar traz segurança e confiança a ambos. Escutando suas queixas, dúvidas ou histórias percebemos que os idosos acabam por se sentirem menos ansiosos e esquecem um pouco o medo da cirurgia. Muitos relatam que seu maior receio é “ir e não voltar mais”. O tratamento de forma cordial e amistosa quebra de imediato o clima de medo que comumente vemos estampado em seu olhar. Outra atitude que percebemos contribuir para um transoperatório humanizado é a forma de posicionamento do paciente na mesa cirúrgica. Algumas posições cirúrgicas requerem maiores cuidados quando se trata de idosos, que muitas vezes tem sua mobilidade prejudicada devido a problemas ósteo e/ou articulo musculares. Manter a privacidade é indispensável, nas idosas principalmente, onde o pudor está amplamente presente, é elementar na dispensação de cuidados. CONCLUSÃO: Diante o exposto, a atividade humanizada realizada pela enfermagem, que proponha um cuidado integralizado no centro cirúrgico não requer muito malabarismo para sua execução, apenas comunicação viável, zelo e acima de tudo, respeito pelo paciente idoso. Garantindo assim, que a experiência cirúrgica por ele vivida seja sobremaneira satisfatória.