O corpo na concepção Merleau-Pontyana passa a ser entendido como um corpo ativo, subjetivo, que expressa a realização da existência, produzindo novas definições através de sua vivência e interação com o mundo. O corpo expressivo influencia e é influenciado pelo meio. Atualmente a insatisfação com o corpo gera obsessão pela perfeição corporal, pelo corpo-objeto e leva pessoas, particularmente o sexo feminino, a concretizar dietas e jejuns severos, exercícios físicos extremos, procedimentos estéticos/cirúrgicos para sentir-se inserida no paradigma de beleza, imputada pela mídia capitalista. A perfeição do “eu” imaginário dificilmente alcançada, acarreta transtorno da imagem, sentimento de fracasso, exclusão social, perda da autoestima, levando o sujeito ao sofrimento psíquico e físico. Por meio da conscientização e do autoconhecimento surge o corpo-sujeito, o corpo-vivido se humaniza através da própria experiência, da consciência crítica, mensurando que enquanto corpo-sujeito precisa ser respeitado e compreendido em toda sua dimensão e complexidade.