Compreende-se que a prática de educação em direitos humanos no Brasil emergiu dos movimentos e lutas de classe pelos seus direitos sociais, civis, políticos, econômicos e também culturais na perspectiva da promoção de uma consciência e conquista cidadã, progredindo do âmbito privado para o público na luta pela democratização do Estado e da produção social. A política de Assistência Social atua nesse espaço como fomentadora dessa educação em direitos humanos no âmbito estatal. A educação em direitos humanos realizada neste espaço não formal por equipe multidisciplinar que executa a política de Assistência Social, revela ainda contradições pessoais, bem como no que se refere à prática dialética da aprendizagem com os usuários e ainda por parte do Estado e órgãos de direito em seu dilema de crise ética. Contudo, essa ação educativa resiste ao desmonte democrático, através dos seus produtos sociais no plano das ideias, sentimentos, relações sociais e práticas institucionais.