O estudo teve como objetivo identificar aspectos das representações sociais da velhice na sociedade contemporânea. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quanti e qualitativa, desenvolvida no município de Pau dos Ferros-RN. A coleta de dados ocorreu através do preenchimento de uma enquete padronizada, aplicada a 50 cidadãos adultos jovens em diversos espaços sociais. A enquete era composta por perguntas que contemplavam questões relacionadas ao envelhecer e as suas representações sociais. Após análise do material obtido, emergiram duas categorias temáticas que serão trabalhadas neste estudo à luz do referencial teórico: Quem é o “velho”? e Como se imagina “velho”?, sendo “velho” o termo referido pelos participantes, em detrimento de idoso. Os resultados da pesquisa evidenciaram como os sujeitos enxergam o processo de envelhecimento, configurando-se como as representações sociais acerca dessa questão. Para eles, as vantagens de se chegar à velhice tratam-se das vivências e experiências adquiridas, bem como o amadurecimento. Em contrapartida, os participantes que identificam o envelhecer através da idade cronológica, do organismo do indivíduo e mesmo aqueles que não souberam caracterizar ou como identificar uma pessoa como velha, têm uma imagem negativa do envelhecimento humano. A maior parte dos participantes associou velhice com perdas e incapacidades físicas, doenças crônicas que requerem tratamento medicamentoso e internação hospitalar, aparência inadequada, e pensamento de que o envelhecimento representa maior proximidade com a finitude. Percebeu-se ainda contradição no pensamento dos participantes a respeito do envelhecimento do outro em detrimento do próprio. O envelhecer dos outros é enxergado de forma negativa, ao contrário do próprio. Pelo fato de muitos ainda não estarem na velhice, deduz-se que eles desejam para si um envelhecimento mais generoso, tanto na aparência física quanto na capacidade laboral. Salienta-se a relevância de se discutir um tema tão pertinente para a sociedade atual, cujas representações sobre a senescência ainda demonstra graves equívocos, os quais acabam influenciando a qualidade de vida de um número cada vez maior de pessoas. Logo, espera-se que os resultados deste estudo colaborem para que as representações sociais sejam mais fieis à realidade.