O aumento da população idosa é um fenômeno irreversível e natural e que possui consequências diretas nos sistemas de saúde pública do Brasil e do mundo. A velhice gera alterações no cotidiano e que, em casos pontuais, acometem a autonomia da pessoa idosa, principalmente quando o processo vem acompanhado de condições patológicas que comprometam alguns sistemas como o vascular e o nervoso, por exemplo. Dessa forma, com o avançar da idade morbidades típicas e irremediavelmente prevalentes da faixa etária anunciam-se, dentre estas diabetes mellitus, doenças isquêmicas do coração, doenças do sistema circulatório, doenças cerebrovasculares, hipertensão arterial, dentre outras. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, constituída por publicações indexadas a partir do portal da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), nas seguintes bases de dados: LILACS; BDENF, MEDLINE e também na SCIELO; e teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico de pacientes hipertensos e idosos, inscritos no Programa Hiperdia, residentes em estados do Brasil, analisando sua associação com os principais fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo e sobrepeso. A hipertensão arterial é comum em idosos tendo sua prevalência aumentada pelo envelhecimento, dessa maneira condicionando a morbimortalidade dessa população. Dentre os principais fatores de risco encontrados em pesquisas e estudos estão a circunferência elevada da cintura, o excesso de peso e o consumo de gorduras saturadas com frequência; além disso os pacientes costumam ter maus hábitos como fumar, consumir bebidas alcoólicas e não fazer exercícios físicos regularmente. Ademais, grande parte dos estudos aponta as mulheres idosas como público mais atingido. As atividades do programa HIPERDIA visam estimular a mudança de hábitos da população assistida; inclusive, pensando e repensando estratégias para aumentar a adesão ao tratamento medicamentoso, além da educação em saúde sobre as consequências decorrentes de uma pressão arterial descontrolada. Acrescenta-se, por fim, a importância de novos e contínuos estudos para averiguar a realidade de cada estado brasileiro e a atuação específica da ESF e do HIPERDIA, e, a partir da identificação das reais necessidades locais, ir sanando as lacunas existentes.