ALMEIDA, Fabiana Soares De et al.. Envelhecimento e hiv/aids: corpos estigmatizados. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2460>. Acesso em: 23/11/2024 01:01
O presente estudo é resultado de uma pesquisa de campo realizada no período de junho a novembro de 2011 no Lar da Fraternidade em Teresina-Piauí, mediante a aprovação do Comitê de Ética da Faculdade Integral Diferencial-FACID, procedente do trabalho de especialização em Educação e Proteção Social. Nesse estudo, foi abordado “Envelhecimento e HIV/AIDS: Corpos Estigmatizados”, tendo como objetivos específicos: identificar as ideias e os conceitos que os idosos com HIV/AIDS têm sobre seu corpo na relação consigo e com os outros e verificar o que pode este corpo com HIV/AIDS na relação consigo e com o outros. Os sujeitos foram selecionados a partir de alguns critérios, como: ser maior de 60 anos de idade, que exerçam todas as atividades instrumentais da vida diária (sair sozinha, fazer compras enfim ter autonomia sobre sua vida) e que tenha interesse em participar da pesquisa. Este estudo é de natureza qualitativa, exploratória e de campo, realizada a luz da abordagem sociopoética. Foi utilizado oficinas sociopoéticas com técnicas artísticas. No decorrer das análises, identificou-se que os corpos dos idosos vivendo com HIV/AIDS trazem consigo a vontade de lutar contra a doença, não se limitando apenas a sobreviver, mas a viver, embora carreguem sentimentos de tristeza, revelando corpos sem vigor, sem energia não só pela doença, mas pelos estigmas e preconceitos expostos pela sociedade. De acordo com o estudo, constatou-se que esses corpos podem ser potentes, com capacidade para lutar, para ser alegres, esperançosos e felizes. Nesse sentido, pretende-se contribuir para uma melhor compreensão sobre os idosos vivendo com HIV/AIDS na relação de seus corpos consigo e com os outros e ao mesmo tempo, ultrapassar a visão estigmatizante e equivocada que perpassam essas pessoas, mostrando que podem viver bem mediante seus limites e possibilidades, além de romper com a concepção de que o HIV/AIDS é um problema mortal.