O envelhecimento populacional é um fenômeno biológico com consequências psicológicas, por vezes considerada como coroamento de uma existência. No Brasil, o percentual de idosos cresce muito rápido dificultando a reorganização social e da área da saúde, não sendo possível atender as demandas existentes da pessoa idosa. A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI) constitui-se em um importante instrumento utilizado para o acompanhamento da saúde do idoso brasileiro, constam nela valiosas informações acerca das condições de saúde e de outros aspectos que podem interferir na qualidade de vida dessa população. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com discentes do 7º e 8º período do curso de graduação em enfermagem de uma universidade privada de Natal/RN. Entrevistou-se 30 discentes, sendo 26 do sexo feminino e 04 do sexo masculino, com faixa etária compreendida entre 20 e 43 anos. A coleta de dados ocorreu no mês de outubro de 2015, logo após a aprovação do comitê de ética, sob o parecer Nº 1303316, por meio de um instrumento, com três questões, elaborado exclusivamente para este estudo, questionando os discentes sobre o conhecimento e a utilização da CSPI durante a sua vida acadêmica. Dos 30 discentes questionados quanto ao conhecimento da CSPI, apenas 16 (53%) alegaram que já tinham visto em algum momento em sala de aula este instrumento de grande importância que auxilia na identificação dos idosos além de possibilitar a detecção de riscos para a saúde destes. Ainda assim, 14 (47%) dos entrevistados alegam desconhecer completamente este instrumento. Dos entrevistados que afirmaram conhecer a caderneta, apenas seis assinalaram a utilização desta no serviço. Evidenciou-se que a organização do serviço, em relação ao atendimento ao idoso deixa a desejar no que concerne a prevenção de agravos, já que um instrumento valioso que auxilia na identificação das pessoas frágeis ou em risco de fragilização como a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI), é negligenciado por muitos profissionais no serviço.