Introdução: A colostomia consiste em uma cirurgia para produção de uma abertura que conecta qualquer segmento do cólon à parede abdominal. Os idosos que se submetem a uma colostomia apresentam mais dificuldades do que pessoas mais jovens, além disso, adquirem uma série de incertezas quanto a sua condição de saúde, devido ao processo de envelhecimento. Nesse sentido, buscou-se investigar as complicações em idosos colostomizados atendidos no Centro Especializado em Reabilitação e Habilitação do Rio Grande do Norte (CERHRN). Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo, quantitativo, realizado no período de janeiro a dezembro de 2015, com 262 colostomizados ativos, atendidos no CERHRN. A coleta de dados foi realizada a partir dos prontuários dos pacientes disponíveis na instituição. Resultados: Houve predomínio de idosos do sexo feminino (56,6%) na qual ambos os sexos apresentaram preponderantemente estomias definitivas (64,9%), renda familiar de até 2 salários mínimos (59,2%), com escolaridade baixa (58,0%). Os diagnósticos mais frequentes foram de neoplasia do reto (51,1%), neoplasia no intestino (12,6%) e doenças inflamatórias intestinais (7,6%) para ambos os sexos. A maior parte dos idosos colostomizados não possuíam complicações (67,6%), seguido por dermatite (10,3%) e hérnias (8,8%). Conclusão: Embora tenha predominado no estudo a ausência de complicações, alguma destas mostraram-se presentes nos idosos colostomizados, podendo estar associadas tais como a falta de habilidade no manejo da colostomia e do conhecimento necessário, demonstrando-se que ainda há lacunas que precisam ser revistas no processo de cuidado da enfermagem ao paciente idoso colostomizado. Assim, a enfermagem poderá atuar de forma a auxiliar no processo de adaptação do colostomizado, através de orientações e educação em saúde, permitindo que este desenvolva um autocuidado efetivo, evitando o aparecimento de complicações.