Este artigo objetiva apresentar as configurações dos arranjos domiciliares, a expectativa de cuidado e o envolvimento social de idosos residentes no meio urbano. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa. Participaram 61 idosos residentes na cidade de Campina Grande-PB. Foram utilizadas as seguintes medidas: questionário sociodemográfico; arranjos domiciliares; expectativa de cuidado; participação social em atividades avançadas de vida diária (AAVD); e satisfação com as amizades e relações familiares. Para análise dos dados utilizou-se o SPSS e foram realizadas estatísticas descritivas dos dados. Houve participação majoritária de mulheres (75,4%; n=46) na pesquisa. A média de idade apresentada foi de 76,98 anos (DP=4,58; Min=70; Max=89). Grande parte dos idosos evidenciou os fenômenos da corresidência e das transferências intergeracionais, entre eles e suas famílias, e declarou-se principal responsável pelo sustento da família. A família foi apresentada como o principal grupo na vida do idoso, associada aos arranjos domiciliares e à expectativa de cuidado. As relações sociais em destaque foram receber visitas em casa e ir à igreja. Os idosos disseram ter menor envolvimento em atividades de grupo e foi identificada ausência de envolvimento em atividades de gerência e de participação de caráter político. Em suma, recomenda-se a realização de investigações futuras que busquem aprofundar o conhecimento sobre os processos em que se dá a participação dos idosos nos diferentes contextos sociais, sobre como são geradas as expectativas de cuidados pelos idosos e de que forma esses atores escolhem e mantém sua participação em atividades junto à comunidade.