Artigo Anais I CNEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-1908

ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA TRAUMAS DO OMBRO DE ACORDO COM O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO: DA INFÂNCIA A TERCEIRA IDADE

Palavra-chaves: TRAUMA NO IDOSO, OMBRO, EPIDEMIOLOGIA Pôster (PO) / Poster Submission AT-2: PRÁTICAS CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS
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Publicado em 22 de novembro de 2016

Resumo

A assistência à saúde ao idoso tornou-se prioridade em todo o mundo, tendo em vista o aumento progressivo da expectativa de vida observado nas últimas décadas. Dadas as alterações estruturais e funcionais inerentes ao envelhecimento e possível coexistência de doenças sistêmicas, os idosos estão expostos de maneira mais crítica ao trauma, quando comparados a outras populações. O presente estudo objetivou demonstrar a variação dos fatores de risco inerentes a cada faixa etária, desde a infância até a terceira idade, a fim de conhecer as alterações sofridas durante o envelhecimento e ciclo de vida humano, mais especificamente relacionadas aos traumas do ombro. Assim, foi traçado o perfil epidemiológico das lesões traumáticas do ombro de 988 pacientes assistidos em um hospital público de referência no interior do Ceará no ano de 2013, levando em conta as variáveis de sexo, faixa etária, local da ocorrência (domicílio, via pública, ambiente escolar), envolvimento de automóveis e motocicletas (com ou sem cinto de segurança ou capacete) e queda de altura. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, analítico, observacional, transversal e individuado, onde a coleta de dados se deu através de uma planilha gerada pelo Departamento de Tecnologia da Informação do hospital, com todos os atendimentos da emergência (38.891), onde foi gerado um filtro no Excel com o termo “Fratura/Trauma do Ombro”, pois o mesmo é utilizado para todas as condições como fraturas, luxações, contusões e lesões ligamentares de origem traumática do ombro, neste hospital. Assim, foram filtrados 988 pacientes com dados sobre sexo, idade, senário do trauma, situação causadora e utilização ou não de cinto de segurança ou capacete. Dos 988 pacientes, 687 são do sexo masculino e 301 do sexo feminino, distribuídos por faixa etária (0-10=74, 11-20=156, 21-30=233, 31-40=160, 41-50=136, 51-60=81, 61-70=64, 71-80=58 e >80=26). Observou-se que 91,89% dos indivíduos entre 0-10 anos apresentaram a queda de altura como causa do trauma, onde o mesmo representou apenas 0,85% entre 21 e 30 anos, sendo a colisão motociclística com capacete a principal causa nesta categoria com 89,69%. A situação inverte quando se analisa as faixas acima de 61 anos, onde a porcentagem de queda da própria altura representa 92,3% dos casos. Em relação aos acidentes automobilísticos, a não utilização do cinto de segurança foi observada em 5,14% das causas entre os 51 e 60 anos. Em relação ao local de ocorrência, a via pública é palco de 79,35% dos traumas da população geral, sendo mais prevalente na população entre 20 e 40 anos. No ambiente escolar os traumas ocorreram em 2,17% da população abaixo dos 20 anos. Diante do perfil populacional, destacam-se os idosos vítimas de trauma e a necessidade de ações preventivas contra este agravo. Do mesmo modo, gênero feminino, uso de medicamento e visão deficiente também já foram comprovados como fatores de risco para quedas. Concluímos que as lesões traumáticas do ombro estão entre as principais ocorrências traumato-ortopédicas na emergência, devendo ser observadas as peculiaridades da sua ocorrência na população pediátrica, jovem, adulta e idosa, auxiliando na prevenção dos seus respectivos fatores de risco.

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