O semiárido brasileiro diferencia-se pelos parcos indicadores sociais e econômicos, quando comparados às demais regiões do país. Enfraquecida pelos altos níveis de analfabetismo, elevada densidade demográfica, concentração de terras e desigualdades extremas, esta região concentra a maioria dos brasileiros em situação de miséria. As políticas públicas assumem papel fundamental no contexto do semiárido brasileiro, em razão da natureza econômica e vulnerabilidade social da região, assim, quando comparadas ao PIB do semiárido, tornam-se a maior fonte de renda da economia local, havendo pouca contrapartida produtiva. Quanto à delimitação espacial, o Semiárido abrange os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí e Minas Gerais. Ocupa 10,5% do território nacional e engloba 1.133 municípios. Com relação à Região Nordeste, o Semiárido abrange oito dos nove estados (exceto o Maranhão) e abrange 54,1% do território nordestino. Destaca-se o Programa Nacional de Crédito Fundiário, como um dos principais programas de financiamento de terra no Brasil, e por estar inserido, na sua grande maioria, na região semiárida brasileira. Com isso, este artigo propõe uma discussão sobre o Programa Nacional de Crédito Fundiário, no contexto do Semiárido no Estado do Rio Grande do Norte. O método utilizado foi o exploratório e para levantamento de dados secundários, a discussão está fundamentada em uma pesquisa bibliográfica. Pode-se constatar que no Rio Grande do Norte, o Semiárido abrange 88% do território potiguar, como também 97,8% dos assentamentos do Crédito Fundiário estão inseridos no Semiárido, podendo considerar que o programa assume papel relevante na atenuação da pobreza rural.