O molhamento foliar é um termo usado para denominar a água livre que está sobre a superfície das partes aéreas dos vegetais e tal fenômeno possibilita a instalação de agente fitopatogênicos, os quais irão se estabelecer e se desenvolver desde que as condições ambientais sejam propicias para tal. Dentre os elementos meteorológicos que condicionam a infecção causada por patógenos, os principais são: a temperatura, que regula a velocidade das reações metabólicas tanto do patógeno como do hospedeiro, a chuva e a umidade do ar, que condicionam a presença de água na forma líquida sobre as plantas, possibilitando a germinação e a penetração dos fungos e bactérias, e o vento, responsável pelo secamento do molhamento foliar e também pela dispersão e propagação dos patógenos a longas distâncias. A duração do período de molhamento foliar (DPM), resultante da deposição de orvalho e/ou da chuva e/ou da irrigação sobre as plantas é uma variável extremamente importante na relação entre o patógeno e o hospedeiro, sendo um fator crítico para o processo epidemiológico da cultura.
Com aplicações freqüentes de defensivos agrícolas, o custo da produção torna-se elevado, bem como são aumentados os riscos ambientais e intoxicação dos produtores. Nos últimos anos, visando contornar as situações de risco, tem sido desprendido mais esforços na busca de sistemas de alerta que possam mininizar e otimizar o uso de defensivos agrícolas. O molhamento por orvalho é uma das variáveis ambientais que mais influencia o desenvolvimento de doenças e a determinação da DPM se torna necessária para identificar o potencial de riscos de surtos de ocorrência de doenças nas culturas e, portanto, na tomada de decisão quanto à realização dos controles.
Estimar a duração de molhamento por orvalho no ecossistema utilizando-se os números de horas com umidade relativado ar , maior ou igual a 87% (NHUR > 87%), e os de depressão da temperatura do ponto de orvalho, menor que