Na atual contextura das políticas neoliberais no Brasil os altos índices do desemprego, sobretudo dos jovens trabalhadores, são justificados devido à baixa escolaridade, falta de qualificação e pouca ou nenhuma experiência profissional, fatores que justificam a adoção de programas e projetos educacionais de curta duração, realizados por meio de parcerias público-privada, ancorados no discurso da empregabilidade e no empreendedorismo juvenil. Tal tendência pode ser verificada nas atividades do Projovem Trabalhador, um dos pilares da nova Política Nacional de Juventude, lançada por Lula da Silva, em 2005. O objetivo deste trabalho é identificar as concepções que orientam a qualificação profissional nos cursos desse Programa, a fim de perceber seus limites e possibilidades, sobretudo no que tange a formação de sujeitos críticos e a inserção dos jovens cursistas no mercado de trabalho.