Na região Semiárida existem muitas áreas em processo de degradação que, atrelada a má distribuição das precipitações pluviométricas, impossibilitam a produção de culturas essenciais, como o feijão e o milho. Para tanto, a utilização de lavouras resistentes às estiagens, adaptadas as condições de clima e solo, de elevada produção de biomassa e pouco exigência nutricional, mostram-se como soluções viáveis. A palma de espinho Opuntia dillenii parece se prestar a esta função pela sua larga adaptabilidade as diferentes condições da região. Neste sentido se procurou conduzir a espécie dentro de espaçamento e tratos culturais no sentido de se obter dados fenológico de produção e aclimatação até então inexistentes para o Semiárido Brasileiro. A pesquisa foi desenvolvida na Comunidade de São Pedro, Distrito de Catolé de Boa Vista, Campina Grande, Paraíba. No experimento a palma de espinho foi cultivada em quatro parcelas, no espaçamento de 1,50 m x 0,50 m x 0,50 m, sendo plantadas cinco fileiras duplas de 22 plantas cada, totalizando 110 plantas/parcela. O plantio se deu em agosto de 2015 e a coleta dos dados em junho de 2016. A taxa de mortalidade de raquetes/cladódios, se situou em 2,08%, a altura mediana de 24,94 cm e tanto para número de raquetes/cladódios primárias como para secundárias os valores ficaram muito abaixo dos encontrados na literatura. Em termos de produção de massa verde esta pode chegar a 7.341,71 kg/ha de massa verde ou 5.873,87 kg de água/ha. Para as condições edafoclimáticas da pesquisa, a palma de espinho apresentou desenvolvimento mediano o que não confirma a sua vigorosidade em outras situações como o uso em cercas-vivas defensivas.