NETA, Geni Caetano Xavier et al.. Análise biológica de ureia de liberação lenta. Anais I CONIDIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/23442>. Acesso em: 22/11/2024 00:51
Existe uma grande variedade de compostos de nitrogênio não proteico, sendo a ureia uma das mais utilizadas. A ureia é uma fonte alimentar de origem industrial, sendo uma suplementação proteica através de nitrogênio não proteico (NNP), constituindo-se numa prática comum na alimentação de ovinos e caprinos, bem como dos ruminantes em geral. A uréia tem sido utilizada na dieta de ruminantes por dois motivos básicos. Do ponto de vista nutricional, ela é usada para adequar a proteína degradável no rúmen (PDR). Do ponto de vista econômico, é usada com intuito de baixar o custo com a suplementação protéica (Santos, 2006). É um composto extremamente solúvel no rúmen e após a ingestão pelo ruminante, a uréia é hidrolisada pela ação da urease sintetizada pelas bactérias do rúmen, produzindo amônia que é utilizada pelos microrganismos para formação de proteína microbiana (Cruz et al., 2006). Devido à busca pelo sincronismo entre a taxa de liberação de amônia no rúmen e a degradação dos carboidratos da dieta, a indústria tem buscado desenvolver compostos de liberação lenta de nitrogênio não proteico com a finalidade também de reduzir os riscos de toxidez, a exemplo disto está a ureia revestida por polímeros ou ureia protegida. O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Análises de Alimentos e Nutrição Animal – LAANA, pertencente ao Departamento de Zootecnia – Centro de Ciências Agrárias - UFPB. Foram utilizadas duas fontes de ureia para o ensaio de solubilidade: ureia convencional ou pecuária (C) e ureia fundida com enxofre ou ureia revestida (P).O trabalho objetivou avaliar a solubilidade da ureia protegida, a partir da liberação da amônia, em comparação com a ureia convencional, através do teste de solubilidade “in vitro”. Os resultados indicaram que a ureia protegida apresentou a liberação de amônia de forma lenta, quando comparada com a ureia convencional, ou seja, os picos de liberação de amônia foram menores na ureia protegida. No entanto, a ureia protegida teve uma solubilização mais rápida que a ureia convencional.