Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

MUDANÇAS DE PARADIGMA DO PERFIL DA AIDS NA POPULAÇÃO IDOSA

Palavra-chaves: AIDS, IDOSO, ENVELHECIMENTO Pôster (PO) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

MUDANÇAS DE PARADIGMA DO PERFIL DA AIDS NA POPULAÇÃO IDOSADebora Cristina Alves Barros; Erika Cavalcanti Rufino, Kelma Rayanne Santos Moura; Natalia Leite Pedrosa; Leila de Cássia Tavares da Fonsêca.RESUMOINTRODUÇÃO: Atualmente a epidemia da aids vem se constituindo um fenômeno de grande magnitude no país. Os casos vão se multiplicando ao mesmo tempo em que se diversificam os segmentos populacionais atingidos, deixando de ser uma doença sob particular risco e disseminando-se para a sociedade em geral. Observa-se que a doença tem alcançado de maneira crescente a população idosa, em decorrência do aumento da expectativa de vida, com os idosos vivendo mais e melhor, e com a disponibilidade de medicamentos que melhoram o desempenho sexual, fazendo com que estes sintam-se mais seguros nas investidas amorosas. Em contrapartida, a mensagem do sexo sem limitações não veio acompanhada de educação para o uso do preservativo. OBJETIVOS: Verificar a mudança de paradigma da AIDS na população idosa e alertar a população quanto o crescimento da epidemia da aids em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura, partindo da necessidade de avaliação de artigos que contemplasse a AIDS em idosos. Utilizou-se o Centro Latino-Americano de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) para a seleção das publicações, com base nas fontes LILACS e SciELO. RESULTADOS: O aumento da longevidade e os aspectos a ela inerentes fazem o fenômeno do envelhecimento uma questão atual. Hoje vem se construindo uma visão mais positiva e produtiva para o idoso, no entanto é preciso reconhecer que há muitos preconceitos quando o assunto é o exercício da sexualidade entre pessoas idosas. De início, esta população praticamente não foi atingida pela aids, tendo nos primeiros cinco anos de epidemia apenas quatro casos diagnosticados no Brasil. Nesta época considerava-se que os idosos tinham uma vida sexual inativa. O aumento no número de casos de aids neste segmento populacional pode ser decorrente da melhoria na qualidade de vida e desempenho sexual. Houve mudança no padrão sexual dos homens idosos devido os medicamentos para tratamento de disfunção erétil, disponíveis no mercado a partir da década de 90, proporcionando-lhes uma atividade sexual mais intensa. Já em relação às mulheres, estudo aponta que, apesar de terem a frequência de relações sexuais diminuídas por ocasião da menopausa, elas continuaram com atividade sexual ativa e têm dificuldade em negociar o uso do preservativo com seus parceiros. Alguns sintomas da infecção, tais como o cansaço, a perda de peso e problemas na memória não são específicos da aids, podendo acontecer em outras doenças comuns nos idosos, dificultando o diagnóstico precoce. CONCLUSÃO: A prevenção da infecção pelo HIV na população idosa é muito complexa e representa um desafio para as atuais políticas de saúde pública. Tanto a pessoa idosa quanto os profissionais da saúde tendem a não pensar na aids e, muitas vezes, negligenciam a doença nessa faixa etária contribuindo para um diagnóstico tardio e favorecimento do aumento da epidemia. Poucas ações educativas e/ou campanhas de prevenção são direcionadas a este segmento, acentuando sua condição de vulnerabilidade.

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