Trabalhar os conteúdos curriculares pertinentes ao Ensino Médio, no período noturno, numa perspectiva inclusiva, constitui um desafio para os professores de Biologia, uma vez que as políticas educacionais não levam em consideração as especificidades deste público. A escassez de material didático voltado às necessidades desta parcela de alunos, aliada à exigência de conteúdos desalinhados de suas realidades, contribuem para o baixo rendimento e, consequentemente, para a evasão, o que termina por excluir estes indivíduos do contexto escolar. Nesta perspectiva, a construção de modelos didáticos foi utilizada como metodologia no estudo da Genética e suas aplicações, na tentativa de contribuir com o processo educativo, tornando-o prazeroso, significativo e, consequentemente, estimulando o aluno do período noturno a permanecer em sala. Para tanto, peças didáticas, que reproduziam modelos e processos relacionados à Genética, foram construídas pelos alunos, com materiais de fácil aquisição e baseados em suas próprias pesquisas. De acordo com relato dos próprios alunos, o trabalho criou possibilidades de atividades prazerosas que motivaram seus estudos e oportunizaram um entendimento mais aprofundado dos conteúdos abordados. Assim, Em uma análise geral, a construção dos modelos revelou-se uma ferramenta didática importante no aprendizado significativo de temas relacionados à Genética, para o público do período noturno, podendo contribuir para a sua permanência na escola.