Introdução: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) representa as flutuações de tempo dos intervalos entre batimentos consecutivos e pode avaliar a modulação do sistema nervoso autônomo sobre condições fisiológicas e patológicas. Com o envelhecimento a uma redução fisiológica da VFC. Objetivo: Traçar um perfil da modulação autonômica de idosas sedentárias em repouso. Metodologia: Estudo transversal de caráter descritivo, com amostra de 17 idosas (66,4±4,9 anos; 27,8±3,8 kg.m-2) previamente sedentárias avaliadas através do Questionário Internacional de Nível de Atividade Física (IPAQ). A VFC foi analisada em repouso na posição supina - frequência respiratória não foi controlada - a fim de verificar a resposta autonômica por meio dos intervalos R-R. O registro da frequência cardíaca (FC) foi monitorado a cada 5 segundos durante o repouso (Cardiofrequencímetro Polar® RS800). Na análise linear os resultados foram armazenados em arquivos de texto e transferidos para o software HRV Kubios (Universidade de Eastern Finland). Os parâmetros no domínio do tempo estudados foram à média dos intervalos RR (iRR), o desvio padrão dos intervalos RR (SDNN) e raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os intervalos RR sucessivos (RMSSD). Os componentes no domínio da frequência analisados foram o componente espectral de baixa frequência em unidades normalizadas (LFnu), componente espectral de alta frequência em unidades normalizadas (HFnu) e razão LF/HF (LF/HF). Foram coletados os intervalos R-R por 15 minutos durante o repouso, sendo utilizados os 5 minutos com maior estabilidade para as análises. A distribuição de normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro Wilk. Os resultados foram apresentados em média e desvio padrão. Resultados: Os valores médios foram encontrados para os intervalos R-R (894,2 ± 140,0 ms); SDNN (24,1 ± 10,5 ms); RMSSD (19,2 ± 9,00 ms); [LF (nu) 47,2 ± 18,1; HF (nu) 52,7 ± 18,1; LF/HF (1,21 ± 1,14)]. Conclusão: Devido à carência de estudos tratando-se do perfil autonômico em idosas sedentárias, torna-se difícil identificar um padrão de referência, porém os resultados sugeridos poderão servir de base para identificar o perfil autonômico dessas idosas, além de facilitar na prescrição de treinamento.