Nos últimos anos, a educação em nosso país tem alcançado novos horizontes no que diz respeito aos métodos de ensino. Visando inserir ativamente os discentes na construção do conhecimento e buscando novas ferramentas para a consolidação da aprendizagem, é possível trazer para a sala de aula ferramentas didáticas que vão além do ensino puramente tradicional, inserindo metodologias lúdicas que proporcionem a motivação e a participação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Uma dessas ferramentas é a paródia que, por meio da música, tem o intuito de consolidar os conteúdos de forma descontraída. Outro importante recurso é o vídeo, que aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade, além de introduzir novas questões no processo educacional. Tanto o vídeo quanto a paródia são recursos audiovisuais que, nos últimos anos, tem ganhado espaço nas salas de aula. Diante disso, os alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) elaboraram um projeto na disciplina de Fisiologia Animal III, em que foram desenvolvidas e apresentadas paródias abordando as etapas da digestão (referente ao Sistema Digestório) através do uso de recursos audiovisuais (paródia e vídeo). Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar o potencial didático do recurso audiovisual, visando comprovar sua eficiência no processo de ensino-aprendizagem e levantar as opiniões diante de uma avaliação feita para os graduandos em Ciências Biológicas, discentes da turma de Fisiologia Animal III do primeiro semestre de 2016. O tema abordado com a turma foi “digestão” e foi apresentado um vídeo onde os integrantes do grupo representaram uma pequena encenação e quatro paródias foram apresentadas no mesmo. Para a avaliação da metodologia utilizada, antes da exibição do vídeo e das paródias, os alunos e professores da disciplina receberam uma ficha com uma pergunta sobre a relevância da paródia para o ensino-aprendizagem. Logo após a apresentação do vídeo, toda a turma recebeu novamente outra ficha com algumas perguntas sobre a relevância das paródias apresentadas e do vídeo. Foram avaliados 54 questionários sendo 27 referentes ao período prévio à apresentação e 27 referentes ao período posterior à apresentação das parodias e vídeos. Com base na análise das respostas, percebeu-se que a maioria dos graduandos e professores que responderam o questionário deram notas boas para as paródias. Diante disso, observou-se que a utilização de paródias como recurso didático no ensino de fisiologia se deu de uma forma bastante positiva, visto que foi avaliado por futuros professores e até mesmo pelos próprios professores da disciplina como recurso bastante atrativo e que pode ser utilizado para contribuir com o processo ensino-aprendizagem. O interessante em vincular as paródias com um vídeo, possibilitando o recurso audiovisual, foi mostrar imagens que remetiam ao conteúdo, facilitando a visualização dos processos fisiológicos envolvidos no tema da aula.