Para uma educação de qualidade é necessário transformar espaços, tempos, relações, métodos de ensino nas instituições escolares, e no que diz respeito ao processo de inclusão, a criança e/ou adolescente com necessidades educacionais especiais não pode ser vista apenas por suas dificuldades, limitações ou deficiências. Neste trabalho procurou-se conhecer e analisar os recursos didáticos utilizados nas aulas de ciências e promover uma reflexão e avaliação do Ensino de Ciências no parâmetro da deficiência visual, pois tais fatores são pouco explorados na literatura da área. A metodologia constituiu em pesquisa quantitativa e qualitativa, por meio de questionários com professores e alunos do ensino médio na cidade de Apodi-RN, tanto na rede pública quanto na rede privada, e pela análise dos recursos didáticos utilizados pelas instituições de ensino no município durante as aulas de ciências. Os resultados indicaram que os recursos didáticos são de fundamental importância para a educação do deficiente visual assim como para os alunos normais, pois ajudam a promover com êxito o processo de ensino-aprendizagem, que a manipulação de materiais didáticos possibilita o treinamento da percepção tátil por todos alunos geral seja deficiente visual ou não, favorecendo a fixação do conteúdo e facilitando a discriminação de detalhes através do toque. Tendo em vista a dificuldade de se ensinar algumas matérias de Biologia e da preocupação em desenvolver estratégias didáticas que envolvam o tema da inclusão, jogos e modelos didáticos surgem como alternativa viável para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem, proporcionando, assim, uma maior assimilação do assunto estudado.