O presente relato de experiência é fruto de uma das atividades acadêmicas realizadas no curso de Pedagogia da Faculdade de Minas – BH, intitulada de Trabalho Interdisciplinar Supervisionado (TIS), cujo tema central, abordado no terceiro período, tratou das articulações pedagógicas entre museus e escolas. Entre os espaços museológicos investigados pelas alunas do referido curso, destaca-se o Centro de Arte popular Cemig, o qual está localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais e tem como principal finalidade divulgar a riqueza e diversidade da cultura e arte popular mineira. Nesse cenário, considera-se a temática em questão de suma relevância, visto que a Arte Popular faz parte da vida cotidiana de muitos estudantes e de suas famílias, as quais, muitas vezes não veem valorizados sua história, sua cultura, seus trabalhos e sua identidade enquanto atores e autores sociais. Assim, o presente trabalho tem como objetivo principal descrever e apontar algumas possibilidades de articulações entre o espaço museológico em destaque e a educação formal, tendo como sua principal representante a escola.A abordagem da pesquisa é do tipo qualitativo (GIL, 2011) e teve como percurso metodológico a pesquisa bibliográfica, para melhor conhecimento do assunto, a pesquisa de campo, por meio de visitas técnicas ao Museu Centro de Arte Popular Cemig e apresentação dos resultados para a comunidade acadêmica.As exigências educativas da sociedade contemporânea são crescentes e estão relacionadas às diferentes necessidades das pessoas. Nesse sentido, as escolas e os museus sofrem as influencias dessas demandas as quais exigem desses espaços a proposição de experiências de aprendizagem significativas e de qualidade.Desse modo, ficou evidente pelo trabalho realizado, que tanto a escola quanto o museu, na atualidade, possuem o propósito de educar, cada espaço ao seu modo e com suas finalidades. Além disso, pode-se considerar que quando esses espaços são articulados, especialmente a educação escolar e o Centro de Arte Popular Cemig, inúmeras possibilidades educativas são potencializadas, entre elas: a interação com culturas diversas, o respeito às diferenças, o conhecimento sobre a história, arte, geografia e linguagens de regiões diferentes, a socialização por meio de acesso a espaços privilegiados, entre tantas outras possibilidades que podem constituir a formação de sujeitos críticos e capazes de (re) conhecer, respeitar e questionar a si mesmos e o mundo que o cerca. Além disso, ficou claro que a interdisciplinaridade é um fator fundamental nessa articulação entre escola e museu, visto que não há fronteiras entre os conhecimentos construídos no processo de ensino e aprendizagem em propostas pedagógicas que envolvam esses espaços. Nesse cenário, percebe-se que é necessário que haja, cada vez mais, a inserção da temática em discussão na formação do pedagogo, bem como nas demais áreas de licenciatura, para que sejam ampliados os espaços educativos intencionais em consonância com as realidades vividas pelo povo brasileiro, em especial com a arte popular do povo de Minas Gerais.