O presente artigo é um recorte do projeto de pesquisa do curso de mestrado em educação da linha de pesquisa em Subjetividades Coletivas, Movimentos Sociais e Educação Popular do PPGE da UFPE. O objetivo do trabalho é discutir as relações entre cultura(s) e educação a partir de um relato autobiográfico acerca do Movimento Cultural do Alto José do Pinho. A abordagem metodológica utilizada consiste numa revisão bibliográfica, além de uma análise do discurso a partir de entrevista e relato autobiográfico do autor. A partir do relato autobiográfico foram elencados alguns pontos relevantes nos quais se aproximaram bastante com o campo discursivo abordado no texto. No decorrer da escrita evidenciamos o cenário sócio-econômico desfavorável à população do Recife na década de 1990, no qual instigou o ingresso de novos militantes e o fomento de experiências artísticas para a emancipação sócio-política da comunidade do Alto José do Pinho. As narrativas musicadas das bandas possibilitaram a transformação social da comunidade, quando essas passaram a questionar as condições precárias as quais os moradores da comunidade viviam. Para nutrir a discussão foram visitados os autores Benjamin (1933), Mesquita (2013), Brandão (1981), Hall (1997), Laclau (2000), Badiou (2013), Rancière (2009), além de Veiga-Neto (2003) e Setton (2005) que versam sobre as transformações culturais na contemporaneidade e as implicações para o campo da educação. Nas considerações finais destacamos a importância das múltiplas culturas para o processo educativo, nas quais permitiram a formação das subjetividades dos sujeitos e coletivos interferindo na maneira como esses indivíduos passaram a intervir no mundo.